Dupla americana se apresenta hoje no clube Clash

Divulgação

Stephen Hindman e Penelope Trappes, do Golden Filter

DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio a uma aura misteriosa, o Golden Filter surgiu nos EUA há cerca de dois anos criando faixas e remixes que se inspiravam na dance music e no pop dos anos 1970.
Ninguém sabia ao certo quem eram -ou mesmo quantos eram. Suas entrevistas eram sucintas, monossilábicas.
Aos poucos foram ganhando notoriedade, com o apoio de rádios espertas e de blogs de MP3, que festejavam músicas como "Solid Gold". Aí Stephen Hindman e Penelope Trappes começaram a se desvelar.
Acompanhados de Lisa Cusack (bateria), Hindman (sintetizador) e Trappes (vocal), aparecem pela primeira vez no Brasil, em show que ocorre na madrugada de hoje para amanhã no Clash, em São Paulo.
Raposas e imagens abstratas faziam parte das imagens de divulgação da dupla.
"Na verdade, nunca quisemos nos esconder", afirma Hindman. "É que estávamos em projetos diferentes, fazíamos remixes, havia muita informação para ser descoberta."
A música do Golden Filter é normalmente descrita como electro-pop, mas por trás de suas melodias há forte influência psicodélica e setentista. "Sim, há muitos elementos dos anos 1970. Como Carpenters, Pink Floyd...", diz Hindman. "Mas tentamos sempre soar contemporâneos", acrescente Trappes.
Linhas de baixo potentes, escoradas por sintetizadores e pela voz sexy de Trappes são os alicerces de faixas como o semi-hit "Solid Gold" e a divertida "Favourite Things".
Além de ótimos produtores, eles se mostram autores de remixes competentes. Criaram versões inspiradas para faixas de Empire of the Sun e Little Boots. Ao vivo, o Golden Filter ganha mais peso com a adição da bateria. "[No palco] Somos mais energéticos, não há nada entre nós e o público, nada em que possamos nos esconder.
Há muita bateria, barulho. É mais divertido", diz Trappes.
O set do Golden Filter vai durar cerca de 40 minutos. Devem entrar uma ou duas faixas ainda inéditas, que estarão no disco de estreia da dupla, previsto para sair no início de 2010.
(THIAGO NEY)