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CCBB-SP anuncia a programação para 2010
Instituição pretende atrair
1 milhão de visitantes no ano
FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com 800 mil visitantes em
2009, o dobro do ano de sua
inauguração, em 2001, o Centro Cultural Banco do Brasil de
São Paulo divulgou ontem sua
programação para 2010, quando pretende atender 1 milhão
de pessoas, segundo o diretor
Marcelo Mendonça.
"No sentido contrário dos
teatros, que têm colocado em
cartaz peças apenas durante o
fim de semana, estamos estendendo a programação de terça a
domingo", conta Mendonça.
Outra inovação da programação é a exibição de curtas nacionais no horário do almoço.
Mesmo com espaço acanhado (o CCBB tem menos de
1.000 m2de área expositiva), as
exposições de artes plásticas
são as que levam mais público
ao local, cerca de 60% do total.
Em 2010, a programação é
bastante eclética: começa com
obras realizadas durante a expedição Langsdorff, comandada entre 1824 e 1829 pelo médico alemão Georg Heinrich von
Langsdorff, que morreu durante a empreitada. Pinturas e
aquarelas de Rugendas, Taunay e Hércules Florence, atualmente em cartaz na Pinacoteca
do Estado, são os destaques.
Do século 19, a programação
chega ao século 20 com uma
grande retrospectiva do artista
brasileiro José Roberto Aguilar
e segue com estrangeiras de peso: a americana Laurie Anderson e a japonesa Mariko Mori,
que traz ao Brasil sua nave
"Wave UFO", sensação na Bienal de Veneza de 2005.
Já em cinema, o CCBB segue
com programação alternativa.
"Nossa vocação é a de uma
agenda de cineclube, exibindo
filmes e diretores que não costumam passar nas salas comerciais", diz Mendonça. Entre os
diretores que em 2010 ganham
retrospectivas estão o chinês
Hou Hsiao Hsien, os americanos Kenneth Anger e John
Ford, o francês Luc Moullet e a
japonesa Naomi Kawase.
Para a programação completa, o CCBB paulista tem orçamento de cerca de R$ 10 milhões, dos R$ 41 milhões que
são alocados para as três unidades -as outras estão em Brasília e no Rio, sendo que outras
duas estão em construção, em
Belo Horizonte e Recife.
Esses R$ 41 milhões, de acordo com Mendonça, são conseguidos por meio da Lei de Incentivo à Cultura, sendo que o
Banco do Brasil investe diretamente outros R$ 41 milhões
para as unidades.
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