São Paulo, quarta-feira, 06 de janeiro de 2010

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CCBB-SP anuncia a programação para 2010

Instituição pretende atrair 1 milhão de visitantes no ano

FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com 800 mil visitantes em 2009, o dobro do ano de sua inauguração, em 2001, o Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo divulgou ontem sua programação para 2010, quando pretende atender 1 milhão de pessoas, segundo o diretor Marcelo Mendonça.
"No sentido contrário dos teatros, que têm colocado em cartaz peças apenas durante o fim de semana, estamos estendendo a programação de terça a domingo", conta Mendonça. Outra inovação da programação é a exibição de curtas nacionais no horário do almoço.
Mesmo com espaço acanhado (o CCBB tem menos de 1.000 m2de área expositiva), as exposições de artes plásticas são as que levam mais público ao local, cerca de 60% do total.
Em 2010, a programação é bastante eclética: começa com obras realizadas durante a expedição Langsdorff, comandada entre 1824 e 1829 pelo médico alemão Georg Heinrich von Langsdorff, que morreu durante a empreitada. Pinturas e aquarelas de Rugendas, Taunay e Hércules Florence, atualmente em cartaz na Pinacoteca do Estado, são os destaques.
Do século 19, a programação chega ao século 20 com uma grande retrospectiva do artista brasileiro José Roberto Aguilar e segue com estrangeiras de peso: a americana Laurie Anderson e a japonesa Mariko Mori, que traz ao Brasil sua nave "Wave UFO", sensação na Bienal de Veneza de 2005.
Já em cinema, o CCBB segue com programação alternativa. "Nossa vocação é a de uma agenda de cineclube, exibindo filmes e diretores que não costumam passar nas salas comerciais", diz Mendonça. Entre os diretores que em 2010 ganham retrospectivas estão o chinês Hou Hsiao Hsien, os americanos Kenneth Anger e John Ford, o francês Luc Moullet e a japonesa Naomi Kawase.
Para a programação completa, o CCBB paulista tem orçamento de cerca de R$ 10 milhões, dos R$ 41 milhões que são alocados para as três unidades -as outras estão em Brasília e no Rio, sendo que outras duas estão em construção, em Belo Horizonte e Recife.
Esses R$ 41 milhões, de acordo com Mendonça, são conseguidos por meio da Lei de Incentivo à Cultura, sendo que o Banco do Brasil investe diretamente outros R$ 41 milhões para as unidades.


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