São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2007 |
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Irlanda é foco de mostra coletiva na galeria Leme Quatro artistas radicados ou que residiram em Dublin exibem trabalhos em estúdio no Butantã até novembro
Patrick Jolley é o nome mais conhecido e apresenta dois filmes; paulistana Fernanda Chieco expõe desenhos com animais da fauna irlandesa
MARIO GIOIA DA REPORTAGEM LOCAL Com a mostra "Don"t Box Me In" (não me encaixote), iniciada ontem para o público, a galeria Leme se firma em São Paulo como espaço destacado para novos artistas internacionais. Já em cartaz com uma exposição que exibe a produção de jovens artistas contemporâneos do Peru (em seu prédio principal, até o dia 13), o foco agora é a Irlanda -outro país quase desconhecido, em termos de artes plásticas, no Brasil. "Don"t Box Me In" exibe obras de artistas que moram ou residiram em Dublin. "Depois de ter voltado da residência que fiz por lá, mostrei minha nova produção e a dos meus amigos. O Eduardo [Leme, proprietário da galeria] gostou do material e propôs essa coletiva", conta a paulistana Fernanda Chieco, 30. Além de Chieco, participam da mostra os irlandeses Patrick Jolley, 42, e Eoin McHugh, 30, além da francesa Delphine Balley, 33. Deles, Jolley é quem tem mais trânsito no circuito de artes internacionais, com participações em coletivas na Alemanha, Áustria e EUA, além de ter ganho prêmios em festivais com seus curtas, inclusive em Sundance ("The Drowning Room", em 2000, co-dirigido por Reynold Reynolds). "Gosto de trabalhar em película, de como o meio lida com o tempo, que é um elemento importante em minhas obras. Essa aparência, que tem algo de malfeito, me interessa", diz ele. Jolley apresenta dois filmes, um deles o incômodo "Sog" (encharcado), em que uma casa adquire uma forma estranha de vida e torna-se uma morada desagradável. Já "Low Atmospheric Pressure" (baixa pressão atmosférica) vai por uma poética mais leve e tem como "protagonistas" colchões. "A cena irlandesa está crescendo, também em razão da prosperidade econômica pela qual passa o país", conta ele. Chieco dá seqüência a seus desenhos de traços delicados e intimistas, agora incorporando animais da fauna da Irlanda. "As figuras estão como em um estado de suspensão coletiva. Suas posturas guardam um certo estranhamento em relação ao observador", avalia ela. DON'T BOX ME IN Quando: de seg. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 10h às 17h; até 9/11 Onde: galeria Leme - estúdio (r. Agostinho Cantu, 93, tel. 3814-8184) Quanto: entrada franca Próximo Texto: Batchelor faz obras com bugigangas Índice |
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