São Paulo, terça-feira, 06 de outubro de 2009

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Crítica/"Terror na Antártida"

Clichês prejudicam suspense que parte de boa premissa

Divulgação
A agente Carrie (Kate Beckinsale)

RICARDO CALIL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A escuridão é o melhor amigo do suspense no cinema. Pelo menos desde que o produtor Val Lewton percebeu que seria melhor assustar o espectador com uma tela preta e ruídos do que com homens fantasiados de felinos em "Sangue de Pantera" (1942).
"Terror na Antártida" parte de um conceito bastante interessante, que vai contra essa tradição cinematográfica: criar suspense com a "cegueira" provocada não pelo escuro mas sim pela brancura da nevasca. Baseado na graphic novel de Greg Rucka e Steve Lieber, o filme tem como ponto de partida o primeiro assassinato registrado na Antártida, que deve ser desvendado por uma agente (Kate Beckinsale) antes que o inverno torne a região inabitável.
Mas a boa premissa e a beleza de Beckinsale são prejudicadas pela tempestade de clichês do roteiro e pela direção pouco imaginativa de Dominic Sena. Para quem tem algum traquejo com suspense, é possível descobrir o vilão em cinco minutos. De original, há apenas uma cena de amputação da protagonista. Muito pouco para um filme em que se investiu tanto.


TERROR NA ANTÁRTIDA

Avaliação: ruim




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