São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2004

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ARTES PLÁSTICAS

Com trabalhos de 21 artistas, mostra na Vermelho coloca em xeque questões relativas ao mercado

Exposição discute o valor da obra de arte

DO GUIA DA FOLHA

Quem determina (e de que forma) o preço de uma obra de arte? Vinte e um artistas exibem trabalhos criados sob a égide de questões relacionadas ao mercado a partir de hoje na exposição "Grátis", na galeria Vermelho.
Nas obras, pulsam dúvidas e, é claro, nenhuma resposta. Em suportes diversos -pintura, instalação, fotografia, vídeo e performance-, os artistas rebatem seus questionamentos em obras que variam entre a iconoclastia e a auto-ironia. Um exemplo é "Privado", uma série de miniperformances de Maurício Ianês, 30. Batizadas com emoções e sentimentos (como "Alegria", "Tristeza" e "Melancolia"), elas são feitas dentro de uma cabine para um único espectador. "Qual o valor do meu sentimento e como se dá a comunicação do que sinto, se é que essa comunicação existe?", questiona.
"V.A.gen - Vídeo de Arte Genérico", de Gisela Motta, 28, e Leandro Lima, 27, coloca em xeque o mercado de vídeo, vendendo cópias de trabalhos de vários artistas ao preço de custo da fabricação: R$ 3. Entre os "pirateados", estão a própria dupla, Lia Chaia, Arlindo Machado e Marcius Galan.
A mais impactante das obras em exibição é "Tudo Aquilo que Não Mata o Poder É Morto por Ele", instalação de Marcelo Cidade, 25. No meio do cubo branco, ele instalou um alambrado de 3 m de altura que guarda, num espaço de 3 m2, uma arma sem registro e sem balas. (TEREZA NOVAES)


GRÁTIS. Onde: galeria Vermelho (r. Minas Gerais, 350, Higienópolis, região oeste, tel. 3257-2033). Quando: abertura hoje, a partir das 20h; de ter. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 17h; até 31/ 7. Quanto: grátis.


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