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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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ARTES PLÁSTICAS

Centro Universitário Maria Antonia apresenta exposições de artistas como Dora Longo Bahia e Raul Mourão

Ceuma reúne diversidade contemporânea

Divulgação
'Ambiência 2', de Marcelo do Campo, que está exposta no Ceuma


FABIO CYPRIANO
DA REPORTAGEM LOCAL

O artista plástico Marcelo do Campo ganha hoje sua primeira individual desde que, em 1975, abandonou as artes para se dedicar ao surfe e à criação de abelhas, em Florianópolis.
Com presença ativa no final dos anos 60 e início dos 70, Campo é resgatado pela artista Dora Longo Bahia, colaboradora da Folha, no terceiro andar do Centro Universitário Maria Antonia (Ceuma).
"Descobri obras dele pesquisando nos arquivos da FAU", diz Bahia. Campo é, na verdade, um heterônimo da artista. Fotos da própria Maria Antonia, dos anos 60, na época sede da Faculdade de Filosofia, estão presentes compondo o contexto da época.
Poucos são os trabalhos que restaram. Registros de performances, como fotos e vídeos, realizados na Suíça, onde Campo "viveu", em 1969, estão na exposição. Entre as obras que sobreviveram, Bahia apresenta as intervenções do artista nas plantas da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, projetadas pelo arquiteto Vilanova Artigas, que alteram a lógica dos originais.
A exposição é parte da defesa da dissertação de mestrado de Bahia, com orientação de Marco Giannotti. "Busco questionar valores da arte contemporânea, como a noção de autor e os limites entre uma obra de arte efêmera e sua documentação", diz Bahia.
Além de Campo, o Ceuma abriga outras cinco individuais dos artistas Raul Mourão, Rubem Ludolf, Daniel Feingold, Thiago Honório e Deborah Paiva. Eles representam a diversidade na produção contemporânea que o diretor do centro, Lorenzo Mammi, vem democraticamente imprimindo ao espaço. Essa multiplicidade vai de obras de Ludolf, que participou do grupo de arte concreta Frente, nos anos 50, até a instalação "Plano de Saúde", de Honório, criada especialmente para o Ceuma.
Raul Mourão apresenta esculturas em ferro pintado e uma série de fotografias em preto-e-branco, enquanto Feingold, artista brasileiro radicado em Nova York, expõe pinturas em grande escala. Paiva assina obra em alusão à Guerra do Iraque.

INDIVIDUAIS. Mostra com seis artistas. Onde: Ceuma (r. Maria Antonia, 294, tel. 3257-2760). Quando: abertura hoje, às 20h; de seg. a sex., das 12h às 21h; sáb. e dom., das 9h às 21h. Quanto: entrada franca.


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