da Redação

Pelo menos três motivos podem fazer você sair de casa hoje para prestigiar a programação do Mix Brasil: a co-produção afro-francesa "Woubi Querido", no MIS, às 17h; a compilação australiana de curtas "Tava Esperando Cangurus?", que tem sessão no MIS às 19h; e "Aleluia", que passa no Espaço Unibanco, às 18h.
"Woubi Querido" ("Woubi Cheri") é um dos raros documentários sobre a vida sexual na África. Os diretores Philip Brooks e Laurent Bocahut recolheram depoimentos de personagens em Abidjan, na Costa do Marfim, onde eles se dividem em duas categorias: woubi (mais afeminados) e yossi (sexualmente ativos).
Brooks e Bocahut são os organizadores de festival semelhante ao Mix em Paris e pretendem rodar um longa-metragem no Brasil.
Na sessão seguinte, o MIS exibe a compilação de curtas australianos "Tava Esperando Cangurus?", com algumas das melhores produções de 20 anos da cinematografia gay e lésbica local. Trata-se de um bom presságio. Um dos melhores momentos da abertura do evento, anteontem, no MIS, foi a exibição do também australiano "The Kiss", curta com Hugo Weaving ("Priscilla, a Rainha do Deserto").
O espaço Unibanco exibe, às 18h, "Aleluia", de Catherine Saafield, sobre as performances sadomasoquistas do ator Ron Athey, que se utiliza de iconografia religiosa e se flagela no palco. Athey está no Brasil como convidado do evento.
Quem aguentar até as 23h30, poderá ainda ver "A Procura de uma Nova Pornografia Gay", sobre o trabalho do prestigiado diretor Wash West, uma revelação do pornô nos anos 90.



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