São Paulo, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2009

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Cibelle leva "catástrofe" a show no Studio SP

Cantora apresenta repertório inédito previsto para sair em seu terceiro CD

"Faço de tudo pra dar errado, explodir no meio", diz Cibelle. "Sou apaixonada pela catástrofe. É dela que vem uma sonoridade nova"

Patrícia Arvelos/Foolha Imagem
Brasileira radicada em Londres, Cibelle toca em SP versões de músicas que podem entrar no novo CD, a ser lançado neste ano

MARCUS PRETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Nenhuma canção antiga. Nada que tenha sido gravado em seu álbum de estreia, de 2003, ou no segundo, "The Shine of Dried Electric Leaves", lançado em 2006. Só dois ensaios e quase nenhuma ideia do que vai acontecer quando o público estiver por perto. O show que Cibelle apresenta hoje no palco do Studio SP é o que podemos chamar de "ensaio aberto" -ou, como ela mesma prefere definir, de "laboratório".
Brasileira radicada em Londres desde 2002, a cantora aproveita a temporada em São Paulo para tocar ao vivo versões ainda em processo de mutação das músicas que estão na fila para entrar -ou não- em seu terceiro disco, que deve ser lançado no segundo semestre. O trabalho vem sendo produzido entre Londres, São Paulo e Canadá -país onde vive Damian Taylor, seu atual parceiro e coprodutor. Cibelle e Damian se conheceram em São Paulo, no final de 2007, quando se apresentavam no Tim Festival -ela com seu próprio show, ele como integrante da banda de Björk. "Ficamos amigos de cara e começamos a compor pela internet, cada um no seu quadrado. Agora chegou a hora de juntar tudo", conta Cibelle.
Taylor chegou ao Brasil no sábado e deve participar da apresentação no Studio SP, se integrando à "minha banda universal" -nome que Cibelle dá ao grupo formado pelos brasileiros Catatau (do grupo Cidadão Instigado) e Pupilo (da Nação Zumbi) e pelo maltês Kristian Craig Robinson (da Capitol K).
A capacidade de improviso dos músicos é fundamental num show como esse, em que a invenção importa mais do que qualquer combinação prévia. E Cibelle leva isso aos limites máximos. "Eu faço de tudo pra dar errado, pra explodir no meio", diz. "Só assim você fica aberto pra criatividade, praquilo mudar você e quem está ouvindo. Sou apaixonada pela catástrofe. É dela que vem uma sonoridade nova."


CIBELLE

Quando: hoje, à meia-noite
Onde: Studio SP (r. Augusta, 591, tel.0/xx/11/3129-7040)
Quanto: R$25 ou R$15 colocando o nome na lista pelo e-mail studiosp@studiosp.org
Classificação: não informada



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