São Paulo, segunda-feira, 09 de julho de 2007

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Crítica/cinema

"Quatro Estrelas" satiriza mundo da Riviera Francesa

Divulgação
Isabelle Carré, que vive uma professora em "Quatro Estrelas"

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

A Riviera Francesa dos milionários e do amor se encontra com a dos altos trapaceiros em "Quatro Estrelas" -que, apesar do argumento e da ambientação, é apenas um parente muito distante, no tempo e nas pretensões, de "Ladrão de Casaca" (1955), de Alfred Hitchcock, com Cary Grant e Grace Kelly.
Cannes é o cenário de sonho que uma jovem professora de inglês (Isabelle Carré, de "Medos Privados em Lugares Públicos") decide conhecer quando recebe uma pequena bolada de herança. E em grande estilo: hospeda-se no Carlton, aluga um carro conversível, compra um guarda-roupa mais adequado à circunstância.
O hotel de quatro estrelas é também local de trabalho para um vigarista profissional (José Garcia, de "O Corte") que se apresenta como assessor de Elton John e como corretor de imóveis de alto padrão. Dívidas de jogo lhe arrumaram um problema urgente. A herança da moça pode ser a solução.
Em seu sétimo longa, o diretor e roteirista francês Christian Vincent ("A Separação") parece voltado unicamente ao aspecto lúdico da situação, brincando com o que se esconde por trás do verniz de sofisticação da Riviera.
Ao apresentar uma gata borralheira a um príncipe fajuto, o filme joga também com a natureza peculiar das comédias românticas. Não por acaso, o único rico de verdade na história, ex-piloto de Fórmula 1 (François Cluzet), é tratado como um paspalho aborrecido. Enganá-lo se torna quase obrigação.

QUATRO ESTRELAS
Direção:
Christian Vincent
Produção: França, 2006
Com: Isabelle Carré, José Garcia e François Cluzet
Onde: em cartaz no Cine Bombril e no Frei Caneca Unibanco Arteplex
Avaliação: regular


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