Mostra "Sérgio Milliet e as Bienais" exibe trabalhos de Abramo e Weissmann

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os primeiros passos da Bienal de São Paulo ganham uma reconstituição na mostra "Sérgio Milliet e as Bienais", que é aberta hoje no CCSP (Centro Cultural São Paulo). Milliet foi o curador de três das primeiras edições da Bienal de São Paulo -a segunda, terceira e quarta- e, como diretor da Biblioteca Mário de Andrade, foi o responsável por montar a Pinacoteca Municipal, atualmente sob a guarda do CCSP.
"A exposição traz muito do debate crítico daquela época, entre figurativismo e abstração, por exemplo, além de exibir alguns modernistas mostrados naquelas primeiras edições", diz o curador da mostra, Paulo Monteiro.
Nas paredes iniciais do espaço expositivo, estão presentes obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Lasar Segall e Anita Malfatti, entre outros egressos da Semana de 22. Há nove xilogravuras de Oswaldo Goeldi e seis de Lívio Abramo, artistas cujas obras ganharam muita visibilidade naquelas bienais.
A mostra também apresenta trabalhos premiados no evento, como a escultura "Figura com Chapéu Bonito", de Caciporé Torres. Marcelo Grassmann e Fernando Lemos, também premiados na Bienal, contam com trabalhos na mostra. Na época, os três ainda eram emergentes.
O segundo ambiente da exposição explora os primeiros passos da arte concreta no Brasil, com obras de Geraldo de Barros, Franz Weissmann, Almir Mavignier e Anatol Wladyslaw, entre outros.

Coletiva
Também é aberta hoje, às 19h, coletiva do Programa Anual de Exposições do CCSP. Serão exibidos trabalhos de 20 novos artistas, escolhidos por uma comissão, entre os quais se destacam os grafites sobre PVC de Marcelo Moscheta.