São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Para crítico e diretores, assistir à companhia é experiência singular

DA REPORTAGEM LOCAL

A receptividade que Juliana Carneiro da Cunha espera que o Théâtre du Soleil provoque em suas apresentações no Brasil, pelo modo peculiar de produzir e criar espetáculos, é compartilhada por personalidades do meio teatral que já assistiram a montagens da diretora Ariane Mnouchkine.
O crítico Sábato Magaldi, 80, assistiu a peças da companhia na década de 80. Afirma que a aguardada turnê constitui experiência importante tanto para o público quanto para os artistas cênicos. "Aqui, estamos acostumados ao teatro que demora no máximo duas horas. O espectador perceberá que um tempo maior permite justamente aprofundar os significados da peça."
O diretor Antunes Filho, 77, praticamente viu o grupo nascer. Estava em Paris, há 40 anos, quando assistiu a "A Cozinha", de Arnold Wesker. "Depois, vi alguns Shakespeare que a Mnouchkine montou na década de 80", diz.
Para Antunes, o local escolhido para as apresentações, a futura sede do Sesc Belenzinho, na zona leste, é coerente com a linguagem do Soleil. Ali, alguns galpões já expunham a vocação do espaço em receber produções alternativas.
O diretor Sérgio de Carvalho, da Companhia do Latão, conheceu o grupo nos anos 90. Viu em Paris a montagem de "Tartufo", de Molière. "Um dos diferenciais do Théâtre du Soleil é assumir o teatro não só pela forma mas também pela atitude", diz Carvalho, 40. Para o diretor, é um projeto artístico que convida o espectador a assumir outra relação no hábito tradicional de consumir arte.
Desde o início dos anos 80, outros dois brasileiros integram o Soleil: os também cariocas Pedro Guimarães (cozinheiro) e Naruna de Andrade (recepção ao público).


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