São Paulo, sábado, 13 de março de 2004

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MÚSICA

DJ e produtor se apresenta hoje em São Paulo

Francês Agoria junta energia e introspecção sob o mesmo tecno

Divulgação
Sebastien Devaud, o DJ Agoria, que toca hoje no clube D-Edge


THIAGO NEY
DA REDAÇÃO

Há duas possibilidades para ouvir música eletrônica, especialmente tecno: uma mais introspectiva, rica nos detalhes, perfeita para ser ouvida num ambiente pequeno como o dos clubes. Outra mais enérgica, para fazer uma multidão pular em locais como enormes festivais. O francês Agoria mostrará as duas.
O DJ (Sebastien Devaud, 28 anos) tocará hoje na pista do D-Edge e, depois, volta para o Skol Beats, em 24 de abril, no complexo do Anhembi.
"Até prefiro tocar mais em lugares pequenos, a atmosfera é mais "amigável'", diz o DJ.
Natural de Lyon, Agoria é nome que cresceu muito do ano passado para cá e hoje está entre os principais produtores do mundo. No ano passado, lançou na Europa "Blossom", um consistente disco que trouxe, entre outras, o hit "La 11eme Marche".
A faixa é das mais brilhantes produzidas na eletrônica dos últimos anos, ultrapassando os limites do tecno. Foi (e continua sendo) tocada (muito) por Carl Cox, DJ Hell, Erol Alkan e 2Many DJ's, por exemplo. E quase que a música fica de fora do álbum.
"Não queria colocá-la no disco, pois foi uma das minhas primeiras produções. Foi até bem fácil e rápido. Sinceramente não sei por que é tão popular."
Sebastien Devaud é DJ há 11 anos e produz música há cinco. Seus sets não se limitam a um gênero: vão do tecno à la Detroit à house e ao rock de Rapture. É admirado por Tricky (ex-Massive Attack), que faz uma participação no disco, em "2thousand3".
Ganhou moral também com Kevin Saunderson, um dos papas do tecno de Detroit. Devaud remixou "Big Fun", clássico do gênero, e levou a aprovação do mestre -a mulher de Saunderson, Ann, participa do disco de Agoria.

Internet
"Blossom" foi lançado pela gravadora PIAS, e em maio sai uma nova versão do CD, com um disco bônus contendo faixas inéditas.
Discussão principal no mundo da música, a comercialização e troca de arquivos pela internet é vista favoravelmente por Devaud.
"Não vejo isso como um problema. Se as pessoas não têm dinheiro para comprar o disco, que baixem as músicas. Talvez seja um problema para as gravadoras, mas não para os artistas. Queremos que nossa música seja tocada em todo lugar."

MOTHERSHIP. Noite com os DJs Agoria e Techjun. Onde: D-Edge (al. Olga, 170, Barra Funda, tel. 3667-8334). Quando: hoje, a partir das 24h. Quanto: de R$ 25 a R$ 45.


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