São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Maria Rita interpreta sambas "à vontade"

Cantora faz show após superar medo de realizar um trabalho só do gênero

Em temporada de hoje a domingo no Citibank Hall, cantora também revisita seus discos anteriores, com canções como "Cara Valente"

Rafael Andrade - 12.set.2007/Folha Imagem
A cantora Maria Rita, que traz a São Paulo o show de seu mais recente disco, "Samba Meu', com apresentações no Citibank Hall

LUIZ FERNANDO VIANNA
DA REPORTAGEM LOCAL

Durante a gravação e ainda no lançamento de "Samba Meu", no ano passado, Maria Rita se mostrava preocupada com a reação de seu público a um CD composto apenas de sambas. E mais: preocupava-se com a reação dos sambistas à sua "audácia".
Amparada por mais de 100 mil cópias vendidas do disco e pela boa receptividade por onde tem passado, a cantora que faz temporada de hoje a domingo no Citibank Hall é outra. "Estou muito à vontade. Várias pessoas do samba me davam bronca: "Pára de dizer que não é sambista!". Não tem arrogância nessa turma, ninguém chega para mim com aquele ar de "Ah, você não conhece o samba tal". Vou sempre achar que sou menos autoridade do que cantoras como Teresa Cristina e Mart'nália, por exemplo, mas estou confortável", avalia.
Para contemplar o público que prefere o repertório de seus dois CDs anteriores, Maria Rita tem um bloco do show dedicado a eles, cantando "Encontros e Despedidas" ("o pessoal canta junto, não dá para ficar de fora", afirma), "Caminho das Águas", o também samba "Cara Valente" e outras.
Mas boa parte da apresentação é em tom maior, com sambas animados como "O Homem Falou" (Gonzaguinha), "Corpitcho" (Edu Krieger) e as que têm a assinatura de Arlindo Cruz ao lado de parceiros ("Maltratar Não É Direito", "Num Corpo Só", "Tá Perdoado" e outras).
A opção deixou de fora músicas mais suaves, caso de "Mente ao Meu Coração" (F. Malfitano), pinçada do repertório antigo de Paulinho da Viola.
"Quis fazer um show brilhante, no sentido de alegre. Só não jogo glitter no palco porque podiam não gostar", diz ela.
A banda mostra o desejo da cantora de se entregar ao samba sem se afastar dos primeiros trabalhos. Além dos inevitáveis violão (Tuca Alves), cavaquinho (Márcio Almeida) e percussão (Neni Brown e Miudinho), ela mantém o trio piano-baixo-bateria (Jota Moraes, Sylvinho Mazzuca e Camilo Mariano) que é a base de suas gravações.
Mas isso não exclui a possibilidade de que ela venha a se aproximar ainda mais do gênero que vem abraçando no momento.
"Eu posso virar Beth Carvalho e não largar do samba nunca mais ou manter só um flerte. Não tenho idéia do que vai acontecer. Mas quero fazer esse show por muito tempo", diz.


SAMBA MEU
Quando:
hoje, às 21h30; sex. e sáb., às 22h; dom., às 20h
Onde: Citibank Hall (av. dos Jamaris, 213, tel. 6846-6040)
Quanto: de R$ 60 a R$ 150


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