São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

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"Negrinha" ecoa Brasil escravo não-oficial

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das intérpretes de "Hysteria" e "Hygiene", espetáculos do grupo XIX de Teatro, a atriz Sara Antunes estréia hoje, em edifício outrora abandonado da Vila Maria Zélia, o monólogo "Negrinha". Nele, busca ecoar, pela voz frágil de uma criança escrava, o Brasil do chamado final da escravidão. O objetivo é pôr em evidência o que a história oficial não relata. "Não de maneira óbvia, mas da perspectiva de uma "negrinha", sem nome e sem futuro, aprisionada como fantasma na casa-grande, no engenho em que produz a coisa mais doce e branca e onde se cultiva o preconceito", diz a atriz. Essa menina mistura memórias da história de sua vida com fantasias e revela as contradições de seu tempo, o século 19. Entre as fontes para a criação da peça, estão Monteiro Lobato, Câmara Cascudo e Gilberto Freyre. Apesar do local cativo e da equipe envolvida (direção de Luiz Fernando Marques e direção de arte de Renato Bolelli Rebouças), o solo é projeto paralelo ao XIX de Teatro, sob incentivo do programa estadual de ação cultural (PAC).


NEGRINHA
Onde:
Vila Maria Zélia (r. Cachoeira esq. c/ r. dos Prazeres, Belenzinho, tel. 8283-6269)
Quando: estréia hoje, às 19h; sáb. e dom., às 19h. Até 14/10
Quanto: R$ 10


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