São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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CRÍTICA SUSPENSE

Obra de Dick inspira trama de mistério e intriga política

Matt Damon protagoniza filme com início empolgante e final tedioso

Divulgação
Damon em cena do longa com direção de George Nolfi

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

Várias histórias de Philip K. Dick (1928-1982) foram adaptadas em filmes, como "Blade Runner" (Ridley Scott), "Minority Report - A Nova Lei" (Steven Spielberg) e "O Homem Duplo" (Richard Linklater).
As obras de Dick são geralmente divagações metafísicas sobre o homem em conflito com poderes totalitários. Ele explorou temas como a paranoia, o limite entre a loucura e a razão e mundos paralelos. São histórias cheias de imaginação e imagens delirantes.
"Os Agentes do Destino" é o décimo filme com referências a uma obra de Dick. Mais uma vez, o autor mistura política, metafísica e destino.
Na trama com direção de George Nolfi (um dos roteiristas de "O Últimato Bourne"), Matt Damon faz David Norris, político jovem e carismático, favorito a uma vaga no Senado norte-americano.
Mas sua carreira sofre um abalo quando ele aparece em uma foto comprometedora.
Norris perde a eleição, mas conhece Elise (Emily Blunt), uma mulher misteriosa, por quem se sente atraído.
Ele também passa a ser assediado por homens engravatados e com pinta de mafiosos dos anos 50. Os sujeitos na verdade são "anjos" que, há séculos, habitam a Terra e manipulam alguns fatos para "desviar" o destino da humanidade.
A primeira metade do filme é empolgante, com muito mistério e um clima nebuloso de intriga política. Pena que a atmosfera paranoica da trama perca espaço, na segunda metade do longa-metragem, para explicações tediosas que tiram todo o interesse pela história e eliminam o clima lúdico.

OS AGENTES DO DESTINO

DIREÇÃO George Nolfi
PRODUÇÃO EUA, 2010
COM Matt Damon, Emily Blunt e Daniel Dae Kim
ONDE nos cines Bristol, Espaço Unibanco Arteplex, Frei Caneca Unibanco Arteplex, SP Market Cinemark e circuito
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO regular


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