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Tellier produz música sexy e vintage
Herdeiro de Serge Gainsbourg, o músico francês se apresenta pela primeira vez no Brasil hoje à noite, no Sesc Pompeia
Artista teve seu terceiro disco produzido por um dos Daft Punk; após o show de São Paulo, Tellier vai ao
Rio de Janeiro e a Recife
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Sebastien Tellier faz música
eletrônica e teve disco produzido por um dos Daft Punk, mas é
um legítimo herdeiro de Serge
Gainsbourg.
Dono de barba e cabelos
enormes, aos 34 anos Tellier é
uma espécie de crooner francês
do século 21: ele se derrete em
letras românticas, sexies, escorado por sintetizadores vintages e melódicos.
Hoje à noite, Tellier faz sua
primeira apresentação ao vivo
no Brasil, no Sesc Pompeia, em
São Paulo. Ele ainda está escalado para o festival No Ar: Coquetel Molotov, amanhã, no
Recife, e para um show no Rio
de Janeiro, no sábado.
Na esteira de Tellier, o evento pernambucano traz outros
artistas franceses, como Zombie Zombie e François Virot
(leia programação ao lado).
No início do ano passado, esse multi-instrumentista lançou
seu terceiro (e melhor) disco de
estúdio, "Sexuality", álbum
produzido por Guy-Manuel de
Homem-Christo, uma das metades do Daft Punk.
É um disco, nas próprias palavras de Tellier, "libidinoso".
"Minha visão de música é muito romântica. Tento criar canções sobre os melhores momentos da vida, e o sexo é um
desses melhores momentos,
sem dúvida. Para mim, é um
ótimo disco para ouvir enquanto você está tentando seduzir
uma garota."
Apesar de ter sido elaborado
por um dos Daft Punk, "Sexuality" não é, na essência, um disco de música eletrônica. Apresenta harmonias suaves, afrodisíacas, que lembram o charme do lendário Serge Gainsbourg (1928-1991).
Nos shows no Brasil, ele será
acompanhado por uma banda.
"Essas apresentações serão focadas no último disco, mas eu
também toco algumas canções
dos álbuns anteriores, embora
sejam canções que não dizem
muito pra mim hoje", disse à
Folha.
"Vou para o Brasil com a minha banda que é baseada no Estados Unidos. Prefiro músicos
americanos porque nós, franceses, sempre admiramos a tradição musical americana. Me
sinto mais confortável tocando
com americanos."
Músicas de cabaret, canções
antigas de trilhas sonoras e faixas de r&b são as principais referências de Tellier.
"Amo quase todos os tipos de
música. Neste último disco,
queria algo de Stevie Wonder,
por exemplo, em algumas das
faixas. Mas, mais do que em ritmos, eu procuro focar no espírito dos artistas."
E o espírito de Tellier está
mais ensolarado em "Sexuality", álbum que é tão eletrônico quanto pop. "Os dois primeiros discos eram dark, meio conceituais. Este último está mais
livre, com menos regras."
SEBASTIEN TELLIER
Quando: hoje, a partir das 21h
Onde: Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, São
Paulo; tel. 3871-7700)
Quanto: de R$ 7,50 a R$ 30
Classificação: 18 anos
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