São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007

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crítica

Visão ácida da elite latina marca "Déficit"

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

No vocabulário da geração a que pertencem os personagens de "Déficit", Gael é um gato, mas tem conteúdo. Sua visão ácida das elites latinas, representadas por pais ausentes e salafrários, se traduz na irresponsabilidade e na falta de horizontes de seus filhos, reunidos com os amigos (e, em nome do contraste social, com alguns empregados) numa luxuosa casa de campo.
Dedicado a "todas as vítimas da impunidade", o filme se sustenta bem como leitura política, sem recorrer a discursos ou metáforas óbvias para se fazer entender, mas só funciona porque os dramas daqueles meninos e meninas crescidos são interpretados por quem parece compreendê-los, levando o espectador à sensação de também participar desse final melancólico de festa.

Avaliação: bom


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