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Cultura abre hoje megastore de R$ 6 mi
Filipe Redondo/Folha Imagem
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Operário finaliza montagem da área infantil da nova livraria
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Rede inaugura loja de 4.300 m2, em três pisos, no Conjunto Nacional
Com projeto do arquiteto Fernando Brandão, a loja, que terá teatro, café e seção infantil, demorou quase dez meses para ficar pronta
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
São Paulo perdeu um cinema
tradicional, mas ganha hoje
uma das maiores livrarias do
Brasil. Às 10h, Cultura abre as
portas de sua nova loja no Conjunto Nacional, na avenida
Paulista, 2.073. Com três pisos,
a megastore de R$ 6 milhões foi
instalada numa área de 4.300
m2 (um pouco mais da metade
de um campo de futebol), onde
durante 40 anos funcionou o
Cine Astor. As quatro antigas
unidades do Conjunto Nacional foram desativadas ontem.
A rede tem agora seis lojas no
país -além de três unidades
em São Paulo, está em Recife,
Porto Alegre e Brasília. O dono
da livraria, Pedro Herz, afirma
que serão abertas outras três
até o fim de 2008, uma delas no
shopping Iguatemi de Campinas. Com a inauguração da sua
megastore, que também abrirá
aos domingos, das 11h às 20h,
com espaço para lançamentos
e noite de autógrafos, áreas para crianças e seções de CDs e
DVDs, Herz diz que a rede finalmente obtém uma identidade única: "As lojas foram igualadas em termos do que oferecem ao público", diz.
Com projeto do arquiteto
Fernando Brandão -que já havia assinado, entre outros, os
projetos da Cultura dos shoppings Villa-Lobos e Market
Place, ambas em São Paulo-, a
loja demorou quase dez meses
para ficar pronta.
A demora é justificada: a estrutura precisou ser reforçada
com pilares, de modo a suportar um peso de 800 kg/m2, contra apenas 300 kg/m2 do projeto original, pensado para uma
sala de cinema comum.
Teatro
Além do amplo espaço dedicado aos livros, a nova Cultura
traz novidades como um teatro
com capacidade para 166 pessoas, batizado de Eva Herz, em
homenagem à mãe de Pedro,
que há exatamente 60 anos
fundou a rede, hoje em dia dirigida também por seus netos
Fábio e Sérgio, além de Maria
Cecília Cares.
Segundo o livreiro, a programação teatral ainda não foi fechada, mas o espaço já deverá
estar aberto ao público a partir
do próximo mês, quando acontecem ali palestras com Sébastien Charles, professor de filosofia na Universidade de Sherbrooke (Canadá), Luiz Felipe
Pondé, professor de ciência da
religião da PUC-SP, o psicanalista Renato Mezan e o maestro
Julio Medaglia, entre outros.
O primeiro evento da nova livraria Cultura será uma noite
de autógrafos com o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira,
ex-ministro dos governos José
Sarney e Fernando Henrique
Cardoso. Bresser-Pereira lança, amanhã, a partir das 18h30,
o livro "Macroeconomia da Estagnação".
Para o próximo mês, estão
previstos também os lançamentos de livros de Lauro Machado Coelho, Leticia Maura
Constant Pires e Flávio Gikovate, entre outros.
A nova Cultura terá também
o V.Café, operado pelo grupo
Viena, uma revistaria e um espaço exclusivo para jazz e clássicos, separado da seção de CDs
e DVDs com outros gêneros
musicais, e decorado com um
painel do artista plástico Carlos
Matuck. A propósito, à entrada
da livraria, embaixo da rampa
de acesso, serão montadas exposições temporárias de pintura, escultura etc.
Nas estantes novas, Herz diz
que colocará à venda um "acervo" de mais de 140 mil títulos, e
ainda 35 mil CDs e DVDs, que,
segundo estimativas dele, irão
atrair cerca de 1.500 compradores, diariamente. "Isso dá
uma média de 4.500 pessoas
circulando pela loja todo dia",
afirma o livreiro.
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