São Paulo, quinta-feira, 21 de junho de 2007

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Cantor português JP Simões toca seu "luso-samba" no Sesc Pompéia

Influenciado por Chico Buarque, músico recebe Teresa Cristina em show

DANIELA ARRAIS
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele chegou a jogar bola com Chico Buarque no final do ano passado, em Portugal, durante as filmagens de um documentário sobre a influência do cantor brasileiro nos músicos lusitanos ["Meu Caro Amigo Chico", em produção]. Seu time, o dos portugueses, perdeu para os brasileiros por 1 a 0.
Fora de campo, a rivalidade daquele momento é deixada de lado, e o cantor e compositor português JP Simões, 37, revela-se um apaixonado pela obra do brasileiro -resultado que transparece em "1970", seu primeiro disco solo, lançado no início do ano em Portugal e apresentado hoje e amanhã no Sesc Pompéia, com participação especial da sambista carioca Teresa Cristina. Até julho, o show passará pelo Rio de Janeiro e por Nova Olinda, no Ceará.
Nascido em Coimbra, em 1970, Simões morou no Rio durante um ano e meio na infância. "Minhas lembranças musicais mais afetivas começaram ali." No rol de influências do cantor, os brasileiros são os primeiros: Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Edu Lobo. Em seguida, os trovadores Tom Waits e Leonard Cohen. O resultado da mistura ele classifica como "fossa nova" ou "luso-samba".
Em sua música, a melancolia portuguesa se soma a um samba criado por quem "não sabe fazer samba como os sambistas". Em "1970 (Retrato)", Simões canta desilusão, voltada contra sua própria geração. Em "Fábula Bêbada", o cantor retoma a imagem da cidade pulsante de "Construção", de Chico. "Músico mais admirado por músicos do que pelo público", em sua própria definição, Simões, que fez parte do Quinteto Tati (que aposta na sonoridade jazzística), não sabe o que esperar dos shows no Brasil. "Nem sabia que me conheciam aqui. Espero que gostem da minha música", diz Simões.


JP SIMÕES
Quando:
hoje e amanhã, às 21h
Onde: Sesc Pompéia (r. Clélia, 93, Pompéia, tel. 3871-7700)
Quanto: R$ 5 a R$ 15



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