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CRÍTICA DOCUMENTÁRIO
Filme sobre consultor de RH fictício demonstra as inconsistências da mídia
Eduardo Barillari/Divulgação
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O consultor de RH (Leonrado Camilo) distribuindo abraços
ALEXANDRE AGABITI
FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O consultor de RH Ary Itnem chama a atenção da mídia com a "teoria do abraço",
de origem supostamente britânica, que resolveria uma
doença chamada "inércia do
afastamento", causada pelo
uso excessivo das novas tecnologias na comunicação interpessoal.
Itnem ocupa um bom espaço em vários meios de comunicação, com sorriso fácil
e retórica idem. A pretensa
teoria é um amontoado de lugares-comuns, mas raríssimos foram os jornalistas que
procuraram se informar a
respeito.
O próprio Itnem não existe
-saberemos mais adiante-,
é uma invenção do diretor e
jornalista Ricardo Kauffman.
Itnem virou celebridade
no YouTube, com milhares
de acessos aos vídeos em que
aparece dando abraços na
avenida Paulista.
A TV logo o mostrou na
mesma situação e jornais, revistas, rádios e sites também
caíram na armadilha.
Enquanto esta trama se
desenvolve, vemos entrevistas de personalidades como
Eugênio Bucci, Contardo Calligaris, Juca Kfouri, Heródoto Barbeiro e o ex-governador de São Paulo Cláudio
Lembo, que falam sobre as
inconsistências da imprensa.
Kauffman critica o olhar
apressado e indiferente que a
imprensa lança aos assuntos, nestes tempos em que a
velocidade é um dado essencial da produção e do consumo de informação.
"Abraço Corporativo"
mostra que não é preciso ser
nenhum gênio do ilusionismo para tirar partido das fragilidades da mídia.
O ABRAÇO CORPORATIVO
DIREÇÃO Ricardo Kauffman
PRODUÇÃO Brasil, 2009
ONDE Belas Artes
CLASSIFICAÇÃO livre
AVALIAÇÃO bom
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