São Paulo, segunda-feira, 22 de março de 2004 |
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ARTES PLÁSTICAS Instituto Tomie Ohtake traz, além da mostra do paraense, obra do designer Kiko Farkas para a Osesp Nassar faz simbiose entre popular e erudito
ALEXANDRA MORAES DA REDAÇÃO Com dois trabalhos inéditos além dos 40 mostrados no fim do ano passado no Rio, chega a São Paulo a mostra "A Poesia da Gambiarra", do artista plástico paraense Emmanuel Nassar, no Instituto Tomie Ohtake. A curadoria da retrospectiva coube à crítica de arte Denise Mattar e evidencia a simbiose entre tradição popular e arte erudita, um dos fortes aspectos da obra do artista, com o objetivo de "desmistificar e confundir saudavelmente os elementos que determinam um trabalho como ingênuo ou contemporâneo", segundo Nassar. Aos 25 anos de carreira e 54 de idade, o artista persegue a união de pontos extremos. Sua obra se delineia através de características regionais, mas não se fecha apenas nelas. A própria curadora o descreve como "um belo animal exótico", devido ao "espaço único" que ocupa na arte contemporânea brasileira, ao conjugar elementos opostos -e, como demonstra o próprio artista através de suas obras, complementares. O Instituto Tomie Ohtake também inaugura hoje a mostra "Imagens da Música", com cartazes produzidos em 2003 para a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) pelo designer gráfico Kiko Farkas. Numa parceria com o maestro John Neschling, diretor artístico da Osesp, que estava preocupado com o fato de a atividade da orquestra poder "ser caracterizada como perigosamente museal", Farkas buscou na incrível arte dos cartazes combustível para levar à Osesp uma profusão de cores e formas bem combinadas. "A POESIA DA GAMBIARRA", DE EMMANUEL NASSAR, E "IMAGENS DA MÚSICA", DE KIKO FARKAS. Quando: vernissage hoje, às 20h. De ter. a dom., das 11h às 20h. Até 16/5. Onde: Instituto Tomie Ohtake (r. Coropés, 88, Pinheiros, tel. 6844-1900). Quanto: entrada franca. Índice |
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