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Crítica/"A Verdade Nua e Crua"
Comédia romântica "mais do mesmo" tem doses de libido
RONI FILGUEIRAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Gerard Butler é o astro
da vez em Hollywood.
E a loura Katherine
Heigl, uma forte candidata a
namoradinha da América. Nada mais natural do que juntar o
talento de um à beleza do outro
numa comédia romântica.
"A Verdade Nua e Crua" oferece mais do mesmo da consagrada fórmula do gênero, com
pitadas extras de piadas libidinosas. É diversão despretensiosa com ao menos uma cena que
vale o ingresso e remete à simulação de orgasmo de Meg Ryan,
em "Harry e Sally".
Katherine é Abby, uma produtora de telejornal, solteirona
e romântica, que resiste a aceitar a nova arma do canal para
alavancar o índice de audiência:
Mike (Butler), âncora casca-grossa de um consultório sentimental. Ele aconselha suas telespectadoras a adotar táticas
de "guerrilha" na batalha pelo
príncipe encantado.
A atração vira sucesso instantâneo com dicas como: "Use
decote e saia curta, esqueça o
romantismo". A fim de dobrar a
resistência de sua produtora, o
guru da luxúria a convence a seguir suas dicas heterodoxas para conquistar o vizinho (Eric
Winter) em troca de sua demissão, caso de fracasse.
Robert Luketic, diretor de
comedinhas frugais como "A
Sogra" e "Legalmente Loura",
faz o seu melhor: reforça estereótipos e enfileira situações-clichê da guerra dos sexos. Escorado no carisma de Butler e
no histrionismo de Heigl, os
personagens dão liga e protagonizam bons momentos das irreconciliáveis expectativas de
homens e mulheres, até o previsível final feliz.
Avaliação: regular
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