São Paulo, quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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Crítica/"A Verdade Nua e Crua"

Comédia romântica "mais do mesmo" tem doses de libido

RONI FILGUEIRAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Gerard Butler é o astro da vez em Hollywood. E a loura Katherine Heigl, uma forte candidata a namoradinha da América. Nada mais natural do que juntar o talento de um à beleza do outro numa comédia romântica.
"A Verdade Nua e Crua" oferece mais do mesmo da consagrada fórmula do gênero, com pitadas extras de piadas libidinosas. É diversão despretensiosa com ao menos uma cena que vale o ingresso e remete à simulação de orgasmo de Meg Ryan, em "Harry e Sally".
Katherine é Abby, uma produtora de telejornal, solteirona e romântica, que resiste a aceitar a nova arma do canal para alavancar o índice de audiência: Mike (Butler), âncora casca-grossa de um consultório sentimental. Ele aconselha suas telespectadoras a adotar táticas de "guerrilha" na batalha pelo príncipe encantado.
A atração vira sucesso instantâneo com dicas como: "Use decote e saia curta, esqueça o romantismo". A fim de dobrar a resistência de sua produtora, o guru da luxúria a convence a seguir suas dicas heterodoxas para conquistar o vizinho (Eric Winter) em troca de sua demissão, caso de fracasse.
Robert Luketic, diretor de comedinhas frugais como "A Sogra" e "Legalmente Loura", faz o seu melhor: reforça estereótipos e enfileira situações-clichê da guerra dos sexos. Escorado no carisma de Butler e no histrionismo de Heigl, os personagens dão liga e protagonizam bons momentos das irreconciliáveis expectativas de homens e mulheres, até o previsível final feliz.


Avaliação: regular


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