São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 2006

Texto Anterior | Índice

Coleção Nemirovsky encontra abrigo definitivo

Estação Pinacoteca recebe 121 obras brasileiras

GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Da primeira peça de arte comprada por José Nemirovsky, um Aleijadinho falsificado, até a morte do colecionador, em 1987, passaram-se 30 anos. Foi esse o tempo que cristalizou a maior coleção particular de obras brasileiras de que se tem notícia até hoje. Invejada pelos museus mais importantes do país, parte do conjunto finalmente chega a um destino fixo, a Estação Pinacoteca, como resultado do regime de comodato selado em acordo entre a Fundação Nemirovsky e o Estado de São Paulo. Das 200 obras da coleção, antes guardadas na residência onde viveu o casal Nemirovsky, 121 passam a ocupar o segundo andar do prédio, com visitação la partir de amanhã. A exposição tem curadoria da historiadora Maria Alice Milliet, diretora da fundação José e Paulina Nemirovsky. "A chegada dessas obras vai dar lastro de museu a esse edifício, que até agora não tinha um acervo", diz ela. A concepção da mostra parte de uma ordenação cronológica não muito ortodoxa. Além de obras anteriores à eclosão do modernismo -por Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Ismael Nery, entre outros- há peças do mobiliário colonial, como um pequeno oratório azul do século 18. A mostra passa pela segunda fase do modernismo, com obras de Portinari e Volpi, para então alcançar o concretismo e o construtivismo, a abstração e, finalmente, a retomada da figuração pelos representantes do "espírito pop", como Wesley Duke Lee. A exposição fica em cartaz por dois anos, com possibilidade de prorrogação.


COLEÇÃO NEMIROVSKY
Quando: abertura hoje, para convidados; ter. a dom, das 10h às 18h
Onde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, tel. 3337-0185).
Quanto: R$ 4


Texto Anterior: Argentina ajusta o foco para olhar o próprio passado
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.