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Coleção Nemirovsky encontra abrigo definitivo
Estação Pinacoteca recebe 121 obras brasileiras
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Da primeira peça de arte
comprada por José Nemirovsky, um Aleijadinho falsificado, até a morte do colecionador, em 1987, passaram-se 30
anos. Foi esse o tempo que cristalizou a maior coleção particular de obras brasileiras de que
se tem notícia até hoje. Invejada pelos museus mais importantes do país, parte do conjunto finalmente chega a um destino fixo, a Estação Pinacoteca,
como resultado do regime de
comodato selado em acordo
entre a Fundação Nemirovsky
e o Estado de São Paulo.
Das 200 obras da coleção, antes guardadas na residência onde viveu o casal Nemirovsky,
121 passam a ocupar o segundo
andar do prédio, com visitação
la partir de amanhã. A exposição tem curadoria da historiadora Maria Alice Milliet, diretora da fundação José e Paulina
Nemirovsky. "A chegada dessas
obras vai dar lastro de museu a
esse edifício, que até agora não
tinha um acervo", diz ela.
A concepção da mostra parte
de uma ordenação cronológica
não muito ortodoxa. Além de
obras anteriores à eclosão do
modernismo -por Tarsila do
Amaral, Di Cavalcanti e Ismael
Nery, entre outros- há peças
do mobiliário colonial, como
um pequeno oratório azul do
século 18.
A mostra passa pela segunda
fase do modernismo, com
obras de Portinari e Volpi, para
então alcançar o concretismo e
o construtivismo, a abstração e,
finalmente, a retomada da figuração pelos representantes do
"espírito pop", como Wesley
Duke Lee.
A exposição fica em cartaz
por dois anos, com possibilidade de prorrogação.
COLEÇÃO NEMIROVSKY
Quando: abertura hoje, para convidados; ter. a dom, das 10h às 18h
Onde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, tel. 3337-0185).
Quanto: R$ 4
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