São Paulo, terça-feira, 26 de janeiro de 2010

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Com letras fortes, Akon manda mensagens a fãs

Rapper americano diz que, ao falar de armas e prisão, não glamoriza a violência

Cantor se apresenta em São Paulo pela primeira vez amanhã, no Via Funchal; ele já trabalhou com Lady Gaga e Gwen Stefani


Divulgação
O rapper Akon, que conta quase 10 milhões de discos vendidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Um de seus discos se chama "condenado", e algumas de suas canções, como "Locked Up", fazem referências a prisão, armas, brigas. Não é uma certa glamorização da violência, crítica comum feita aos rappers norte-americanos?
"Não é glamorização", responde Akon, responsável por quase 10 milhões de discos vendidos e dono de uma fortuna de mais de US$ 30 milhões. À Folha, por telefone, ele afirma: "Muita gente no mundo diz esse tipo de coisa sobre mim. Eu digo que sou um exemplo, um exemplo positivo. Eu passei um tempo na prisão e me tornei uma pessoa melhor.
É uma mensagem: você pode passar por essas situações e, a partir de então, tomar decisões melhores em sua vida. Temos de aprender com as experiências negativas. Senão, essas experiências foram em vão".
Akon teria passado três anos na prisão por ter roubado um carro -teria porque o site "Smoking Gun" afirma que ele ficou detido por alguns meses e depois o caso foi arquivado.
Ex-detento ou não, esse norte-americano filho de um músico senegalês se apresenta hoje à noite pela primeira vez em São Paulo, no Via Funchal. O fato é que Akon cultivou, em músicas e entrevistas, uma fama de bad boy que o ajudou a vender discos, principalmente os dois primeiros, "Trouble" (2004) e "Konvicted" (2006).
O terceiro, "Freedom" (2009), traz o rapper em canções menos violentas; ele está mais próximo do r&b e da eletrônica. Letrista e vocalista requisitado, Akon (que não revela a idade) já produziu ou cantou com gente como Gwen Stefani, Lady Gaga, Leona Lewis, Eminem (em "Smack That") e Michael Jackson (Akon estava ajudando Jackson a compor pouco antes de o astro morrer). Em homenagem ao amigo, Akon fez a música "Cry Out of Joy").
"Trabalhar com ele foi algo do qual nunca vou esquecer. Fizemos partes de algumas canções, ensaiamos. Me senti honrado, Michael é um herói." Akon deve lançar disco neste ano. E diz que o flerte com a eletrônica (por meio do DJ David Guetta) deve continuar.
"Com ele, eu misturo hip hop com house e tecno. É o tipo de som que eu quero fazer. Você ouvirá muito disso em meu próximo disco." (THIAGO NEY)


AKON

Quando: amanhã, às 21h30
Onde: Via Funchal (r. Funchal, 65, Vila Olímpia; tel. 2144-5444)
Quanto: de R$ 170 a R$ 300
Classificação: 14 anos




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