São Paulo, sábado, 26 de junho de 2010

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Fotógrafo registra arquitetura paulistana

José Manuel Ballester expõe na Pinacoteca

Divulgação
Pavilhão da Bienal em fotografia do artista

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Parece estranho associar a ideia de "fervor" à metrópole, como diz o nome da mostra, numa exposição de imagens dos espaços modernistas da cidade de São Paulo.
Nas obras que o fotógrafo espanhol José Manuel Ballester exibe na Pinacoteca, a arquitetura de Oscar Niemeyer, no pavilhão da Bienal e no Ibirapuera, e exercícios brutalistas de Vilanova Artigas surgem imaculados.
Estão vazios, à espera de personagens que não parecem caber, como se a presença humana pesasse demais ou fosse alheia à perfeição ensaiada pelos modernos.
"Vejo a cidade como dois labirintos", diz Ballester. "Fica entre esse céu carregado, sem fim, e esses espaços guardados no tempo."
Ballester contrasta uma vista do alto do edifício Copan, um mar de prédios e luzes que formam uma constelação enfurecida, à paz estéril de uma das casas da vila que Flávio de Carvalho construiu na alameda Lorena.
É, de certa forma, uma ode à cidade que parece estranha dentro dela -talvez a paz infernal da utopia fracassada.


JOSÉ MANUEL BALLESTER

QUANDO abertura hoje, às 11h; ter. a dom., 11h às 18h; até 22/8
ONDE Pinacoteca do Estado (pça. da Luz, 2, tel. 3324-1000)
QUANTO grátis




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