São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2008

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Levin volta a SP com orquestra de Brasília

Erich Lehninger é "primeiro-violino" convidado; concerto tem composição especial de Michael Colina

Luiz Trazzi/Divulgação
Ira Levin e a Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ele dirigiu, com êxito, entre 2002 e 2005, a Orquestra Sinfônica Municipal, e, agora, volta a São Paulo para mostrar o grupo que moldou à sua imagem e semelhança, em um ano e meio. O maestro e pianista norte-americano Ira Levin rege hoje, na Sala São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, de Brasília, tendo como "spalla" (líder dos violinos) convidado o veterano Erich Lehninger. Variado, o programa mescla obras pouco conhecidas a outras de grande apelo. O concerto beneficente, com renda que será revertida para a Sinfônica Heliópolis, é aberto com uma criação de Michael Colina, compositor e produtor de jazz nova-iorquino de raízes cubanas, que trabalhou com nomes como James Taylor, George Benson, David Sanborn e Bill Evans. Três vezes vencedor do Grammy na categoria jazz contemporâneo, Colina escreveu "Los Caprichos", inspirado em gravuras de Goya, especialmente para a orquestra. A estréia mundial aconteceu em Brasília, na última terça-feira. Em seguida aos "Caprichos", vem o "Noturno Sinfônico Op. 43" de Ferruccio Busoni (1866-1924), compositor italiano de estética germânica. A noite é complementada por um par de peças bastante conhecidas: a colorida "La Valse", do francês Maurice Ravel (1875-1937) , e a monumental "Sinfonia nº 9" do austríaco Franz Schubert (1797-1828). "A primeira coisa foi estabelecer disciplina na orquestra, e uma programação séria e ricamente variada, que é planejada com grande antecedência", conta o maestro Levin, que assumiu a direção do grupo no começo de 2007. Antonio Meneses, Cristina Ortiz, Alex Klein e Eliane Coelho são alguns dos artistas que se apresentaram com a sinfônica do teatro Claudio Santoro no ano de 2008. "Tocamos de 32 a 34 programas diferentes por temporada, e eles são todos divertidos, com cerca de 1.200 a 1.400 pessoas na platéia, sendo metade deles entre 16 e 30 anos de idade, o que nos faz únicos", diz Levin. A orquestra impulsiona ainda um programa didático que atende a 15 mil crianças. O programa já recebeu o sinal verde do governo do Distrito Federal para ser transformado em fundação. "Há sérias discussões sobre a construção de uma nova sala de concertos para a orquestra e para a cidade", afirma o maestro. "Acho isso essencial para a capital do Brasil, já que, hoje, há apenas um teatro para servir todos os eventos do DF."

ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO
Quando: hoje, às 21h
Onde: Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, s/nº, tel. 3223-3966)
Quanto: de R$ 20 a R$ 40
Classificação indicativa: não recomendado para menores de oito anos



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