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CRÍTICA
Banda supera preconceitos e, sim, se leva a sério em álbum de estréia
DA REPORTAGEM LOCAL
"O que eu gosto não é de
graça/ O que eu gosto não
é farrrsa/ Tem guitarra, bateria,
computador saindo som/ Alguns
dizem: "É mais alto que um furacão"." Isso é "Music Is My Hot Hot
Sex", "rock-robô" levado por
uma voz meio Suzane Vega, meio
Mariah Carey de Lovefoxxx. E dá
para entendê-la como o Cansei de
Ser Sexy tirando uma de quem
ainda insiste em encarar a banda
como brincadeirinha de meninas.
No começo, tudo bem. Não
mais. Cansei de Ser Sexy é coisa
séria, banda que está aí, dando a
cara a tapa, e agora temos o disco
como nova perspectiva.
Porque, antes, o parâmetro
eram os shows. E muitos não entendiam como aquelas garotas
que não se levavam a sério podiam estar num palco, tocando
guitarra com uma base programada. No Tim Festival, tiveram
problemas, claro, mas nem se alguém tivesse chutado uma santa
católica teria sido tão crucificado
por aquele público "roqueiro" do
evento, que preferia ouvir a dupla
2ManyDJs tocando Nirvana/Vitalic pela 865ª vez.
O trunfo do CSS é que é banda
que cabe tanto no "Faustão", no
"Gugu", na "Hebe", quanto no
Susi in Transe (para quem não conhece, um dos mais underground
clubes de São Paulo). Porque são
pop até o osso e (por favor, recolha as pedras), sim, têm atitude.
Vamos chamar o que fazem de
electro-rock, já que as guitarras e
as bases eletrônicas vão e voltam
sem tropeços. "Alala" é mais rock,
suja, de letra nonsense. "Let's Make Love and Listen Death from
Above" é suingada, disco; "Superafim" gruda. Tem até balada
("Poney Honey Money").
Compre o disco. Vá ao show.
Essa banda vale a pena.
(TN)
Cansei de Ser Sexy
Artista: Cansei de Ser Sexy
Lançamento: Trama Virtual
Quanto: R$ 29,90, em média
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