São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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CRÍTICA

Banda supera preconceitos e, sim, se leva a sério em álbum de estréia

DA REPORTAGEM LOCAL

"O que eu gosto não é de graça/ O que eu gosto não é farrrsa/ Tem guitarra, bateria, computador saindo som/ Alguns dizem: "É mais alto que um furacão"." Isso é "Music Is My Hot Hot Sex", "rock-robô" levado por uma voz meio Suzane Vega, meio Mariah Carey de Lovefoxxx. E dá para entendê-la como o Cansei de Ser Sexy tirando uma de quem ainda insiste em encarar a banda como brincadeirinha de meninas.
No começo, tudo bem. Não mais. Cansei de Ser Sexy é coisa séria, banda que está aí, dando a cara a tapa, e agora temos o disco como nova perspectiva.
Porque, antes, o parâmetro eram os shows. E muitos não entendiam como aquelas garotas que não se levavam a sério podiam estar num palco, tocando guitarra com uma base programada. No Tim Festival, tiveram problemas, claro, mas nem se alguém tivesse chutado uma santa católica teria sido tão crucificado por aquele público "roqueiro" do evento, que preferia ouvir a dupla 2ManyDJs tocando Nirvana/Vitalic pela 865ª vez.
O trunfo do CSS é que é banda que cabe tanto no "Faustão", no "Gugu", na "Hebe", quanto no Susi in Transe (para quem não conhece, um dos mais underground clubes de São Paulo). Porque são pop até o osso e (por favor, recolha as pedras), sim, têm atitude.
Vamos chamar o que fazem de electro-rock, já que as guitarras e as bases eletrônicas vão e voltam sem tropeços. "Alala" é mais rock, suja, de letra nonsense. "Let's Make Love and Listen Death from Above" é suingada, disco; "Superafim" gruda. Tem até balada ("Poney Honey Money").
Compre o disco. Vá ao show. Essa banda vale a pena. (TN)

Cansei de Ser Sexy
    
Artista: Cansei de Ser Sexy
Lançamento: Trama Virtual
Quanto: R$ 29,90, em média


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