|
Próximo Texto | Índice
Oficina faz festa de 50 anos com sessão espírita e trechos de peças
Em "rito rave teatral", grupo revisita espetáculos como "O Rei da Vela" (1967)
LUCAS NEVES
DA REPORTAGEM LOCAL
Todos os que "trabalharam,
trabalham ou querem trabalhar no Oficina" estão convidados para o "rito rave teatral" comemorativo dos 50 anos da
companhia, hoje à noite, previsto para durar três horas.
Frutas, presentes e vinho farão as vezes de ingresso, desde
que se observe a recomendação
do anfitrião, José Celso Martinez Corrêa: "Nada de Almadén.
De Miolo para além".
Baco, fiador da celebração,
verá passarem pelo palco-passarela cenas de espetáculos de
todas as fases do grupo.
Depois de uma "sessão espírita com mesa branca, copo e o
público fazendo corrente" (referência ao teatro espírita Novos Comediantes, antigo ocupante do prédio em que o Oficina se instalou), o roteiro prevê
a apresentação de fragmentos
de "Vento Forte para um Papagaio Subir" (a montagem inaugural, ao lado de "A Ponte"), "A
Incubadeira" (1959) e "A Engrenagem" (1960), esta com direito a Zé Celso na pele de Getúlio Vargas.
Do período que marca a consagração da companhia, a formação atual revisita, entre outras, "Pequenos Burgueses"
(1963), "O Rei da Vela" (1967),
"Galileu Galilei" (1968) e "Na
Selva das Cidades" (1969). O
deslocamento do grupo na direção de um "teatro coral" que
não estabelece distinções entre
vida e arte é rememorado via
"Gracias, Señor" (1972) e "As
Três Irmãs" (1972).
A reencenação de um trecho
da primeira terá a participação
especial da atriz Maria Alice
Vergueiro, integrante do elenco original. No aceno a "Roda
Viva", quem volta é Paulo César
Pereio, o Mané da versão apresentada em 1968.
Rave
Se o roteiro de Zé Celso não
mudar de última hora, excertos
de produções do "terceiro Oficina" como "Ham-Let" (1993),
"Bacantes" (1996) e "Cacilda"
(1998) serão projetados em telões. É aí que o rito vira rave, diz
o anfitrião.
A idéia inicial do diretor era
celebrar o cinqüentenário com
um desfile de figurinos históricos da companhia:
"Foi uma questão de "realpolitik". Tinha imaginado uma
coisa grandiosa, mas vi que,
saindo de "Os Bandidos" [peça
que o grupo apresenta atualmente], não haveria tempo
nem dinheiro. Esse presente
deveria ter partido dos poderes
público e privado", diz Zé Celso. "Resolvi então recolher
imagens dos 50 anos, fazer um
DNA deles e pari-los de outra
forma."
Em dezembro, o Rio também
saudará a efeméride, com uma
exposição no Centro Cultural
dos Correios em que serão lançados os DVDs de "Boca de Ouro", "Cacilda!", "Ham-Let" e
"Bacantes".
LABRYNCO OFICINA 50
Quando: hoje, a partir das 21h
Onde: teatro Oficina (r. Jaceguai, 520,
tel. 3106-2818)
Quanto: frutas, presentes e vinho poderão ser trocados por ingressos
Classificação: não recomendado a
menores de 14 anos
Próximo Texto: Música: Antonio Meneses se apresenta hoje Índice
|