São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice PARA DANÇAR Orion, voltada para o trance, e Patrol, de tecno, vão transmitir em telões o jogo entre Brasil e Alemanha Ravers dançam junto com final da Copa Divulgação O DJ Dmitri, atração da rave Orion, no festival Eletronika, em BH DA REDAÇÃO Quem espalhou o infeliz boato de que quem gosta de rave não gosta de futebol? Desmentindo essa calúnia, as duas grandes raves que acontecem hoje estarão com telão a postos para os ravers assistirem ao jogo Brasil e Alemanha, amanhã, às 8h da manhã, horário nobre em festas desse tipo. Enquanto aquecem, as pessoas podem dançar ao som de trance, na rave Orion, ou de tecno, na Patrol. Ambas começam hoje às 23h. A primeira, produzida por Ricardo Costalonga, tem 13 atrações, sendo duas internacionais. O DJ russo XP Voo Doo, do Aerodance, é uma das referências da cena trance de Moscou. XP levou o trance para a capital russa após um período de três meses, em 94, em Goa (Índia) -reduto do gênero, que chegou a dar nome a uma vertente, o goa trance. Dois meses depois, XP fundou o Aerodance, o primeiro clube russo, segundo ele. O clube, que fechou em 96, também fazia festas ao ar livre e o Orbital Festival, que chegou a reunir 9.000 pessoas. Hoje XP vive na Itália. A outra atração internacional da Orion é o DJ francês Arno, que discoteca profissionalmente desde 1994. Desde 99 Arno, que lança trabalhos pelo selo 3D Vision, produz faixas e afirma ter como influência os nomes Sven Vath, Jeff Mills e Spiral Tribe. É a sua primeira vez no Brasil. Já a Patrol, realização de Frajola, tem duas pistas e conta com 16 nomes, sendo a principal atração o DJ inglês Darc Marc. Marc, do selo inglês Pure Noise, começou a tocar tecno e hardcore em 91. Em seguida pendeu para house e tech-house e hoje toca tecno. Tudo isso em Plymouth, interior da Inglaterra. Mudando para Londres em 98, Marc começou a tocar nas squat parties (festas em prédios invadidos). Em 2000, lançou o selo Pure Noise. Em 2001, criou um estúdio com Chris Liberator e Rowland the Bastard, o Hardware Noise. No fim de 2001, lançou pelos selos Maximum Minimum e Cluster. (BRUNA MONTEIRO DE BARROS) Texto Anterior: Aborígenes expõem como contemporâneos Próximo Texto: Música Eletrônica: As raves da final Índice

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