São Paulo, sábado, 30 de maio de 2009

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Pilobolus relembra sua dança poética e atlética

Espetáculo apresenta cinco criações da companhia norte-americana de 38 anos

Fundador diz que a peça "Lanterna Mágica", de 2008, reúne elementos que resumem o grupo, já que é física, teatral e tem humor

Eduardo Anizelli/Folha Imagem
Bailarinos do Pilobolus, que se apresenta hoje e amanhã

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Velho conhecido dos brasileiros, o Pilobolus Dance Theatre está em São Paulo com a sua dança que mistura poesia e atletismo, perfeita para ganhar grandes plateias. E como é costume nas visitas da companhia norte-americana, haverá uma mistura de coreografias nas apresentações hoje e amanhã no Via Funchal.
Desta vez são cinco criações pinçadas nos 38 anos de história do grupo, entre elas, dois extremos: "Pseudopodia", de 1973, e "Lanterna Mágica", obra mais recente do Pilobolus, que estreou no ano passado.
"Eu diria que "Pseudopodia" é um clássico do Pilobolus, um solo que curiosamente ainda funciona muito bem com o público de hoje", diz à Folha Jonathan Wolken, 60, fundador do Pilobolus e ainda hoje um dos mais ativos da companhia.
Sobre "Lanterna Mágica", dançada por seis bailarinos, Wolken diz: "É uma peça que diz muito sobre a companhia porque é física, teatral e tem humor, tudo que sempre buscamos nos nossos trabalhos. É quase um conto de fadas".

Organização comercial
Há uma historinha por trás da "Lanterna Mágica". Numa floresta, duas bailarinas encontram uma lanterna que tem poderes fantásticos, e junto com outros quatro bailarinos se aventuram num mundo sobrenatural. O programa se completa com "Rushes" (inspirada no mundo espacial, segundo Wolken), "Symbiosis" (um dueto divertido inspirado em Adão e Eva) e "Megawatt" ("uma "Sagração da Primavera" doidona", diz o coreógrafo).
Hoje o Pilobolus é muito mais do que uma companhia. Há o grupo que roda o mundo, mas também um instituto com uma programação educativa e organização comercial que atende a pedidos como gravações de comerciais e participações em eventos. Em 2007, a companhia participou da cerimônia do Oscar, encenando coreografias engraçadinhas inspiradas nos concorrentes.
E é o próprio Wolken o responsável pela busca constante de dinheiro, como ele conta.
"É necessário buscar verbas. Se eu consigo dinheiro, posso ir para o estúdio e criar uma obra nova. Hoje, por causa da crise financeira mundial, é muito mais difícil conseguir dinheiro do que antes. Como não mudamos nada na nossa estrutura, precisamos buscar dinheiro sempre", afirma Wolken.


PILOBOLUS
Quando: hoje, às 21h, e amanhã, às 20h
Onde: Via Funchal (r. Funchal, 65, tel. 2198-7718)
Quanto: R$ 40 a R$ 150
Classificação: livre




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