São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 2008

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Crítica/"Jogo de Amor em Las Vegas"

Planos pouco inspirados e atuações fracas prejudicam comédia romântica

Divulgação
Ashton Kutcher e Cameron Diaz, cujos personagens se casam após uma bebedeira em Las Vegas


PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em "Jogo de Amor em Las Vegas", Jack (Ashton Kutcher) e Joy (Cameron Diaz) acordam casados, após uma noite de loucuras etílicas em Las Vegas na qual se conheceram e não muito se bicaram. Maior susto que acordar com aliança no dedo será o juiz não aceitar a anulação do matrimônio, o que forçará o novo casal a morar junto.
Joy é, além de workaholic, dessas que exigem tudo limpinho, ao passo que Jack é um irresponsável cujas casa e vida não estão formatadas para o convívio a dois. Poderíamos, aqui, estar num embate físico e verbal ao nível das "screwball comedies" de Howard Hawks ("Levada da Breca"). Ou de uma contundência típica das comédias dos irmãos Farrelly, em especial a recente e formidável "Antes Só do que Mal Casado" -cujo título diz tudo.
Mas o longa dirigido por Tom Vaughan opta por uma alameda bastante freqüentada pelas comédias românticas: a da típica equalização a dois que surge da convivência forçada, e o faz de forma pouco engenhosa, com imagens pouquíssimo inspiradas e uma atuação constrangedora de Ashton Kutcher (o fluxo de imagens e a performance do elenco são itens valiosos às comédias).
Do filme, podemos subentender que os casamentos convictos só ocorrem com certa dose de embriaguez (o que é um tanto verdade). Ou que as imagens desse filme talvez funcionassem melhor se acompanhadas de álcool. Em todo o caso, com uma e outra cena interessante, "Jogo de Amor em Las Vegas" não chega a ser um convite às drogas. E, com o casal central, nem ao casamento.

Avaliação: ruim

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