São Paulo, segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Índice

Em tom de melodrama, peça aborda mulheres deslocadas

Espetáculo com direção de Lígia Cortez estreia amanhã no CCBB

Lenise Pinheiro/Folhapress
Selma Egrei em ‘Mulheres que Bebem Vodka’, do mexicano Victor Hugo Ráscon Banda

GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O México também recebeu imigrantes poloneses, durante a Segunda Guerra (1939 -1945) principalmente.
E esse dado histórico não passa despercebido na peça "Mulheres que Bebem Vodka", do mexicano Victor Hugo Ráscon Banda (1948-2008), que estreia amanhã no CCBB - SP.
Que não se estranhe, portanto, o fato de que quase todo o elenco, dirigido por Lígia Cortez, usa peruca loira.
A peça se apoia em mulheres deslocadas na realidade de um país estrangeiro.
Duas delas são mais velhas e já assentaram carreira em uma indústria cultural proeminente. Uma é escritora, a outra, cineasta. É nessa dupla que a peça encontra seu principal fio narrativo.
Selma Egrei e Patrícia Gasppar interpretam duas amigas, separadas durante a guerra. Uma delas se vê forçada a deixar a filha com a outra, antes do exílio.
A menina desaparece, em uma situação que só vai ser explicada perto do fim.
O texto começa no reencontro das duas provocado por uma situação de trabalho. Elas precisam fazer uma audição para escolher o elenco de um filme.
As candidatas, polonesas, são interpretadas por Maria Manoella e Martha Nowill.
A direção de Cortez opta por uma aproximação com o melodrama. Gestos exagerados se alternam com momentos líricos, em que cada uma dessas mulheres vai discorrer, em primeira pessoa, sobre seu passado.


MULHERES QUE BEBEM VODKA

ONDE CCBB (r. Álvares Penteado, 112, tel. 3113-3651)
QUANDO ter. a qui., 19h30 (até 11/11)
QUANTO R$ 15
CLASSIFICAÇÃO 14 anos



Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.