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MAM-SP pesa importância de prêmios dados a obras de seu acervo
Aberta hoje, mostra "Panoramas das Panoramas" questiona conceito de "boa arte"
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
As premiações artísticas podem resumir a produção plástica brasileira nas últimas décadas? O meio artístico se pauta
por novidades e deixa para trás
o que antes foi considerado de
qualidade? O curador Ricardo
Resende, 45, tenta responder
às questões na mostra "Panorama dos Panoramas", aberta hoje, no MAM-SP.
Ele reuniu 101 obras vencedoras de prêmios e adquiridas
pelo museu desde a primeira
edição do "Panorama", em
1969. A mostra, criada para
constituir o acervo do MAM,
firmou-se como boa amostragem da produção nacional.
"Quero que a reunião provoque questionamentos sobre o
que o meio considera uma boa
arte e se esse sistema de premiações serve como um recorte
da arte brasileira nesses anos
todos", afirma o curador.
Assim, obras de nomes hoje
em evidência, como Iran do Espírito Santo e Cao Guimarães,
estão ao lado de artistas que
caíram no ostracismo.
Os antigos "Panoramas"
ocorriam todo ano e por afinidade de linguagem -havia uma
edição só com pintura, outra só
com escultura etc. Hoje bienal,
a reunião de premiados cria um
diálogo da pintura de Volpi e da
escultura de Mary Vieira, por
exemplo, com a instalação de
Vera Chaves Barcellos e a fotografia de Paula Trope.
PANORAMA DOS PANORAMAS
Quando: abertura hoje, às 20h (apenas para convidados); de ter. a
dom., das 10h às 18h; até 23/3
Onde: MAM-SP (pq. Ibirapuera, portão 3, tel. 5085-1300)
Quanto: R$ 5,50
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