Curtas infantis e nacionais dominam últimas sessões do festival

CLARICE CARDOSO
DE SÃO PAULO

Como nos livros infantis em que uma imagem se dobra ou desdobra para revelar outra, nasce o movimento em "Videogioco, a Loop Experiment" (videogame, um experimento em repetição).
Eleito o melhor curta pelo júri oficial na edição carioca do 18º Anima Mundi (Festival Internacional de Animação do Brasil), o filme cria uma inovadora brincadeira com a linguagem da animação tradicional ao contar, com as tais dobraduras, a história de uma cabeça que, atingida numa briga, passa por inusitadas situações. A última sessão é hoje, às 18h.
Outras brincadeiras são propostas pelas seis sessões infantis da programação, todas com ao menos um horário entre hoje e amanhã. Entre as atrações, destacam-se "Eu Queria Ser um Monstro" (hoje, 14h) e "Pombinha Branca" (amanhã, 13h). Premiados na edição carioca, os curtas brasileiros se unem a ao menos outros 17 filmes nacionais nas sessões infantis e adultas deste último final de semana.

VALE O INGRESSO
Histórias até que banais, de um casal que se divorcia e de um garoto que encontra algo perdido, são contadas de forma poética em outros dois bons títulos premiados pelo festival que são exibidos hoje, às 19h30: "Der Kleine und das Biest" (o menino e a fera), melhor roteiro, e "The Lost Thing" (a coisa perdida), melhor trilha sonora.
A mesma delicadeza se aplica ao melhor longa na opinião do júri popular do Rio, "Mary e Max: Uma Amizade Diferente". Hoje, às 20h, ainda é possível conferir o filme sobre a amizade entre uma garota australiana e um rabugento americano, desde as cartas que trocam até o impacto que têm na vida um do outro.
Outra boa opção, na categoria longas, hoje, às 18h, é "The Apple & The Worm" (a maçã e o bicho da maçã), sobre uma maçã que se desespera quando um divertido bicho acaba com seus sonhos de ser a fruta mais vistosa.