|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil pretende exportar álcool de cana
VERENA GLASS
free-lance para a Folha
A adoção de medidas que diminuam as emissões dos chamados
gases-estufa deve favorecer o mercado para combustíveis alternativos como o álcool produzido a
partir da cana-de-açúcar.
Segundo João Guilherme Ometto, presidente do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool
do Estado de São Paulo, a partir do
ano 2000 o Brasil deve entrar na
briga por novos mercados para o
álcool combustível.
"O setor sucroalcooleiro já está
montando uma estratégia. Mesmo
produzindo álcool a partir do milho, países como o México, a Suécia, a França e os EUA são mercados potenciais para o álcool brasileiro, já que vêm aumentando o
uso do produto como aditivo ou
combustível puro", diz Ometto.
Outro fator que deve alavancar a
produção de álcool é o sistema de
créditos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado
a partir do Protocolo de Kyoto, no
Japão.
"Se os países desenvolvidos não
estiverem conseguindo cumprir a
quota de diminuição de poluição,
eles podem pagar por projetos em
países do Terceiro Mundo, aprovados pelo MDL, que diminuam a
poluição ou retirem gás carbônico
da atmosfera", explica Ometto.
Entre os projetos que podem receber investimentos do CDM estão
as "frotas verdes" (veículos oficiais
movidos a álcool), o uso do bagaço
de cana para a produção de energia
e a adição de álcool ao óleo diesel.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|