São Paulo, terça, 2 de fevereiro de 1999

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Brasil pretende exportar álcool de cana

VERENA GLASS
free-lance para a Folha

A adoção de medidas que diminuam as emissões dos chamados gases-estufa deve favorecer o mercado para combustíveis alternativos como o álcool produzido a partir da cana-de-açúcar.
Segundo João Guilherme Ometto, presidente do Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool do Estado de São Paulo, a partir do ano 2000 o Brasil deve entrar na briga por novos mercados para o álcool combustível.
"O setor sucroalcooleiro já está montando uma estratégia. Mesmo produzindo álcool a partir do milho, países como o México, a Suécia, a França e os EUA são mercados potenciais para o álcool brasileiro, já que vêm aumentando o uso do produto como aditivo ou combustível puro", diz Ometto.
Outro fator que deve alavancar a produção de álcool é o sistema de créditos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado a partir do Protocolo de Kyoto, no Japão.
"Se os países desenvolvidos não estiverem conseguindo cumprir a quota de diminuição de poluição, eles podem pagar por projetos em países do Terceiro Mundo, aprovados pelo MDL, que diminuam a poluição ou retirem gás carbônico da atmosfera", explica Ometto.
Entre os projetos que podem receber investimentos do CDM estão as "frotas verdes" (veículos oficiais movidos a álcool), o uso do bagaço de cana para a produção de energia e a adição de álcool ao óleo diesel.



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