São Paulo, quarta, 5 de março de 1997.

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PODER SERTANEJO
Sete cidades brasileiras vão realizar este ano provas completas de montarias como acontece nos EUA
Federação quer profissionalizar rodeios

da Reportagem Local

Com o objetivo de profissionalizar o rodeio brasileiro, seguindo o modelo praticado nos EUA, Canadá e Austrália, a Federação Nacional do Rodeio Completo (FNRC) está ampliando as provas completas no Brasil.
A temporada passada levou o rodeio completo (veja quadro ao lado) para quatro cidades do país. Contou com a participação de 500 peões.
Para este ano, estão programadas sete etapas que serão disputadas por 700 caubóis brasileiros.
As etapas do circuito nacional deste ano vão acontecer em Presidente Prudente, Jaguariúna, Barretos, Birigui, Adamantina e Paulo de Faria, no interior de São Paulo, e Goiânia (GO).
``No ano passado, vimos a valorização do esporte. Este ano, a federação irá continuar divulgando o rodeio completo'', diz o presidente da FNRC, Carlos Dias.
A federação pretende regulamentar o rodeio como esporte por meio das modalidades completas.
Público
O 1º Circuito Nacional do Rodeio Completo no ano passado atraiu 1,2 milhão de pessoas. Foram distribuídos R$ 500 mil em prêmios.
Ainda não há uma previsão de quanto será entregue em prêmios nesta segunda etapa.
A temporada 97 do rodeio completo, porém, deverá levar mais de 1,8 milhão de pessoas às arenas, prevê a federação.
Dias explica que, diferentemente do que ocorreu no ano passado, o 2º Circuito Nacional do Rodeio Completo irá realizar uma final com os dez melhores caubóis.
No ano passado, os campeões foram eleitos por conseguirem o maior número de pontos durante a temporada de provas.
A FNRC criou o ranking nacional para posicionar os profissionais de rodeio do Brasil.
Outros etapas de rodeios também estão programas para acontecer este ano pelo interior brasileiro, como o Circuito Nacional de Rodeio Fivela de Ouro. Dez etapas irão percorrer os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Patrocínio
Os eventos envolvem patrocínio de US$ 400 mil bancados pela Coca-Cola, Kaiser e Volvo, segundo Paulo Emílio Azevedo Pereira Marques, responsável pelo evento.
Ele é dono da Companhia de Rodeio Paulo Emílio, de São José do Rio Preto (SP), que conta com uma tropa de 280 touros.
Marques realiza, em média, cem festas de rodeio por ano em todo o Brasil. Ele não revela quanto ganha.
Cada animal custa entre R$ 200 e R$ 300 pelos quatro dias de festa. A companhia também cuida da montagem de toda a estrutura do rodeio. Isso não sai por menos de R$ 80 mil por festa. (RO)
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