São Paulo, Terça-feira, 21 de Setembro de 1999
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ALCACHOFRA

Em viagens externas, brasileiro passou a conhecer o produto

Consumo cresce com real

da Reportagem Local

Oriunda da região do Mediterrâneo, a alcachofra no Brasil frequentava somente as mesas dos ricos e das colônias italiana e alemã radicadas no país.
Isso há apenas dez anos, quando, quem podia pagava R$ 6 por uma cabeça que vale hoje cerca de R$ 0,98 no supermercado, lembra Paulo Sabbatini, presidente do Sindicato Rural de São Roque.
""Até hoje, o consumidor ainda não sabe degustar uma alcachofra, apesar da sua popularização."
Da alcachofra, come-se as pétalas e o miolo. Faz-se ainda conserva com o miolo e também remédio e bebida com as folhas.
Luiz Viana, 30, chef dos restaurantes paulistanos Christine's e Vivaldi, diz que o consumo de alcachofra aumentou muito nos últimos anos.
""O Plano Real abriu as portas. O brasileiro passou a viajar bastante e a conhecer o salmão, o aspargo, a alcachofra, antes restritos aos mais ricos e agora acessíveis à classe média."

Custos altos
Os agricultores estão satisfeitos com a safra recorde, mas, em contraposição, reclamam dos custos.
"A desvalorização do real fez os custos dos insumos subirem. Está empatado. A despesa para a produção é igual ao preço que recebemos pela caixa, entre R$ 5 e R$ 6", afirma Kunio Miyamoto, de Ibiúna.
Paulo Sabbatini, de São Roque, também reclama. "Aqui o preço, entre R$ 5 e R$ 7, está abaixo das expectativas e mal cobre as despesas", diz.


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