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ALCACHOFRA
Em viagens externas, brasileiro passou a conhecer o produto
Consumo cresce com real
da Reportagem Local
Oriunda da região do Mediterrâneo, a alcachofra no Brasil frequentava somente as mesas dos
ricos e das colônias italiana e alemã radicadas no país.
Isso há apenas dez anos, quando, quem podia pagava R$ 6 por
uma cabeça que vale hoje cerca de
R$ 0,98 no supermercado, lembra
Paulo Sabbatini, presidente do
Sindicato Rural de São Roque.
""Até hoje, o consumidor ainda
não sabe degustar uma alcachofra, apesar da sua popularização."
Da alcachofra, come-se as pétalas e o miolo. Faz-se ainda conserva com o miolo e também remédio e bebida com as folhas.
Luiz Viana, 30, chef dos restaurantes paulistanos Christine's e
Vivaldi, diz que o consumo de alcachofra aumentou muito nos últimos anos.
""O Plano Real abriu as portas. O
brasileiro passou a viajar bastante
e a conhecer o salmão, o aspargo,
a alcachofra, antes restritos aos
mais ricos e agora acessíveis à
classe média."
Custos altos
Os agricultores estão satisfeitos
com a safra recorde, mas, em contraposição, reclamam dos custos.
"A desvalorização do real fez os
custos dos insumos subirem. Está
empatado. A despesa para a produção é igual ao preço que recebemos pela caixa, entre R$ 5 e R$
6", afirma Kunio Miyamoto, de
Ibiúna.
Paulo Sabbatini, de São Roque,
também reclama. "Aqui o preço,
entre R$ 5 e R$ 7, está abaixo das
expectativas e mal cobre as despesas", diz.
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