São Paulo, terça-feira, 28 de novembro de 2000

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AGROBUSINESS
FRUTA
Segundo a Secretaria da Agricultura, 632,6 mil coqueiros de um total de 820 mil no Estado ainda não produzem
Produção de coco aumenta 25% em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Árvore típica das praias nordestinas, os coqueiros estão se proliferando rapidamente no Centro-Sul do país.
A recente valorização a alimentos saudáveis e naturais está elevando o consumo da água-de-coco, dando sustentação ao plantio em Estados pouco tradicionais nessa produção, como os da região Sudeste.
Segundo pesquisa realizada pela Secretaria da Agricultura de São Paulo, a produção de coco no Estado deverá aumentar cerca de 25% este ano, atingindo 10,3 milhões de unidades.
O levantamento aponta ainda que há 820 mil coqueiros em propriedades no território paulista.
Desse total, 632,6 mil ainda não estão dando frutos, o que significa que a produção deve aumentar consideravelmente nos próximos anos.
Não há dados oficiais sobre a área ocupada pela cultura em São Paulo. Mas, segundo técnicos ouvidos pela Folha, o adensamento médio é de 235 plantas/ha.
Se os cálculos estiverem corretos, São Paulo tem, aproximadamente, 3.850 ha plantados.
O número ainda está muito longe dos 234 mil ha plantados com coco na Bahia, que tem a maior área destinada à cultura no país.
O segundo no ranking brasileiro do coco é o Ceará, que tem 70 mil ha de coco.
No Centro-Sul, o destaque fica com o Espírito Santo, que planta 25 mil ha.
Segundo o pesquisador José Antonio Alberto da Silva, da Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro, o custo de produção em São Paulo ainda é mais alto do que o registrado no Nordeste, sobretudo por conta do clima.
A cultura vem crescendo em regiões mais quentes do Estado, caso do norte e do noroeste. O clima seco, porém, demanda irrigação, o que torna mais caro produzir.
"Mesmo assim, a proximidade com o mercado consumidor acaba compensando esses custos", afirma o consultor Luiz Ângelo Mirizola Filho.
Segundo ele, o produtor paulista recebe, em média, entre R$ 0,70 e R$ 0,80 por fruta. No Ceará, a cifra fica em torno de R$ 0,15.
Mirizola estima que o consumo de água de coco tenha crescido ao redor de 300% nos últimos cinco anos, representando hoje aproximadamente 440 milhões de litros.
"Isso representa 4% do mercado total de refrigerantes. Podemos fazer esse número crescer rapidamente para algo entre 6% e 7%", afirma.


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