São Paulo, quarta-feira, 01 de janeiro de 2003

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Cai pessimismo com a inflação

DA REDAÇÃO

Os eleitores brasileiros chegaram ao final do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (1999-2002) menos pessimistas com a inflação do que nos quatro anos que se passaram.
Pesquisa Datafolha feita dos dias 9 a 11 de dezembro mostra que 46% dos entrevistados acreditam que a inflação vá aumentar.
A taxa ainda é alta, mas representa queda em relação a agosto, quando 54% disseram esperar que a inflação subiria.
No mesmo período, triplicou de 9% para 27% a taxa dos que acreditam em queda na inflação. E passou de 25% para 21% o percentual dos que acham que a inflação vá ficar como está.
A taxa atual de pessimismo (46%) é bem menor do que os 68% registrados em fevereiro de 1999, logo após a desvalorização do real. E volta ao nível de dezembro de 1998, quando o real ainda valia pouco menos de US$ 1. Naquele mês, 48% dos entrevistados diziam esperar alta na inflação.
Uma possível explicação para a queda no pessimismo é o alto patamar em que está a inflação -as pessoas podem acreditar que o teto tenha sido atingido. Medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) da FGV, a inflação foi de 1,78% em 1998 e de 25,31%, no acumulado de 2002.
O Datafolha também verificou melhora em outras expectativas econômicas na pesquisa de dezembro em relação à de agosto.
A taxa dos que acham que o desemprego vá cair passou de 20% para 39%; e a dos que esperam um aumento no poder de compra dos salários foi de 28% para 38%.
A parcela dos que acham que a situação econômica do país vá melhorar subiu de 28% para 48%, e a dos que consideram que sua situação econômica (pessoal) vá melhorar, de 42% para 54%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. (RF)


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