São Paulo, segunda-feira, 01 de janeiro de 2007

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Nos Estados

RIO GRANDE DO SUL
Depois de encaminhar um projeto -rejeitado pela Assembléia Legislativa- que aumentaria impostos e congelaria vencimentos, Yeda Crusius (PSDB), 62, assume o governo do Rio Grande do Sul criticada por aliados, opositores, empresários e trabalhadores. O objetivo de seu governo, segundo Yeda, é zerar o déficit do Estado em dois anos.
O projeto de aumento de impostos custou a Yeda também a perda de três secretários escolhidos, que renunciaram antes da posse, e da aliança com o PFL do vice-governador eleito.

BAHIA
Responsável por quebrar uma hegemonia de 16 anos do PFL no Estado, o governador eleito, Jaques Wagner (PT), 55, vai tentar minar a influência que aliados do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) exercem na máquina pública estadual. Para isso, determinou que todos os nomes do segundo e do terceiro escalões do seu governo não sejam anunciados imediatamente. Wagner já anunciou o contingenciamento de 30% dos cargos e funções de confiança. O orçamento para 2007 é de R$ 17,275 bilhões (R$ 8,1 bilhões já comprometidos).

CEARÁ
Cid Gomes (PSB), assume o Estado em meio a sinais de participação, em sua administração, do irmão Ciro Gomes e do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati. Terá como desafios retomar a confiança do PT, após indicar o tucano Marcos Cals para a Secretaria da Justiça. Irmão do deputado eleito Ciro Gomes (PSB), apadrinhado por Tasso, Cid conseguiu unir, no mesmo secretariado, siglas historicamente rivais, caso de PT e PSDB. Outro desafio é reduzir gastos em torno de R$ 314 milhões por ano.

PERNAMBUCO
A posse de Eduardo Campos (PSB), 40, marca o fim de um ciclo de oito anos de governo da aliança PMDB-PFL-PSDB e o início de um período que pode redimir a última administração de seu avô, Miguel Arraes (1916-2005), que comandou o Estado por três vezes. Sua última gestão, entretanto, foi marcada por crises que conduziram Arraes à sua maior derrota eleitoral e deram início ao ciclo de Jarbas Vasconcelos (PMDB) no poder. Ex-ministro de Lula, o novo governador disse que vai exigir empenho dos novos secretários para manter o equilíbrio financeiro.

MARANHÃO
O governador eleito Jackson Lago (PDT), 73, planeja afastar da máquina estadual nomes ligados ao grupo do senador José Sarney (PMDB-AP). Será a primeira vez em quarenta anos que o grupo de Sarney estará fora do governo. Apesar da derrota na eleição, o grupo controla os principais veículos de comunicação do Estado e, segundo rivais, indicou a maioria dos cargos federais no Estado, conselheiros do Tribunal de Contas do Estado e mantém ligações com o Poder Judiciário.


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