São Paulo, sexta, 1 de janeiro de 1999

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Vice de Lerner pode não comparecer

da Agência Folha, em Londrina

O governador Jaime Lerner (PFL) inicia sua segunda gestão no Paraná enfrentando uma crise: a dissidência aberta pela vice-governadora, Emília Salles Belinati (PTB), que promete não comparecer à posse do novo secretariado.
Emília Belinati disse ontem à Agência Folha que deixará de comparecer à sessão de posse, marcada para as 12h no Palácio Iguaçu, "em um ato de alerta, não uma posição de protesto, contra a falta de diálogo" de Lerner.
Emília afirmou que não discute indicações de nomes, "mesmo porque não se briga por cargos, mas por respeito e diálogo com as forças que ajudaram na reeleição".
A vice-governadora disse que deixou de concorrer ao Senado Federal, "para atender um acordo entre o presidente FHC e o governador", de abrir espaço para a candidatura de Álvaro Dias (PSDB) ao Senado, em troca de maior espaço para o interior no governo. Lerner tenta minimizar o problema.
Segundo ele, tudo será resolvido com uma conversa pessoal entre ele e a vice-governadora.
Ainda de acordo com Lerner, tanto Emília Belinati como seu marido, o prefeito de Londrina, Antônio Belinati (sem partido), foram ouvidos para a escolha da equipe.
O governador reeleito aponta a indicação do deputado federal eleito Alex Canziani (PFL) para a Secretaria do Trabalho como uma explícita forma "de prestígio para Londrina". Canziani é o vice-prefeito de Londrina, a segunda maior cidade do Paraná.



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