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memória
Ex-candidatos já prometeram demitir Agaciel
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Semanas antes da eleição
para a Presidência do Senado, os então postulantes ao
cargo Tião Viana (PT-AC) e
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
diziam nos bastidores que, se
vencessem, iniciariam uma
campanha de moralização da
Casa, começando pela demissão de Agaciel Maia.
A trajetória de Agaciel no
Senado, seja no comando da
gráfica ou na direção geral, é
marcada por uma série de
denúncias e suspeitas de irregularidades.
Potiguar de Jardim de Piranhas, Agaciel, 51, teve seu
primeiro envolvimento num
escândalo de maiores proporções em 1993, como diretor-executivo da gráfica.
Agaciel foi acusado de desviar recursos provenientes
de trabalhos realizados pela
gráfica, mas nada foi comprovado contra ele.
No ano seguinte, Agaciel
teve seus bens bloqueados
pela Justiça por conta de outro caso, que resultou na cassação da candidatura de reeleição do senador Humberto
Lucena (PMDB-PB). Segundo a Justiça eleitoral, Lucena
imprimiu material de campanha na gráfica da Casa.
Em 1995, Agaciel foi nomeado diretor-geral da Casa.
Em 1999, a mulher dele, Sânzia Maia, foi nomeada para a
Secretaria de Estágios.
Ela só deixou o cargo no
ano passado, após a edição da
súmula do STF (Supremo
Tribunal Federal) que proibiu o nepotismo em todo o
serviço público.
Em 2005, Agaciel virou
réu numa ação por improbidade movida pelo Ministério
Público Federal, que o acusou de ter permitido três aditivos ilegais no valor total de
R$ 984 mil, sem licitação, ao
contrato de compra da "sala
cofre" para o Prodasen (área
de processamento de dados
do Senado). Esse processo
encontra-se parado na Justiça Federal.
Em 2006, a gestão de Agaciel sofreu outro baque ao ser
atingida pela Operação Mão-de-Obra da Polícia Federal,
que investigou fraudes em licitações para a contratação
de empresas terceirizadas.
Os policiais chegaram a realizar uma ação de busca e
apreensão no Senado.
No entanto, horas antes, o
então presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu para Agaciel receber os policiais federais. No
mesmo dia, o Ministério Público Federal acusou a PF de
vazar informações sigilosas
da operação.
No ano passado, o Ministério Público denunciou por
improbidade três servidores
do Senado, entre os quais
Aloysio Brito Vieira e Dimitrios Hadjinicolaou, ambos
homens de confiança de Agaciel. O processo está em andamento.
O diretor-geral, porém,
acabou não sendo denunciado pelos procuradores.
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