São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

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Só 14% aprovam a atuação do Congresso

Pesquisa do Datafolha mostra que 39% acham a performance parlamentar federal ruim ou péssima, e outros 39%, regular

A melhor avaliação partiu dos pesquisados que têm simpatia pelo PMDB: 20% consideram o desempenho como ótimo ou bom

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A avaliação popular do desempenho do Congresso Nacional continua mais negativa do que positiva, mas a percepção se mantém estável em relação ao levantamento mais recente realizado pelo Datafolha.
De acordo com levantamento do instituto, 14% dos entrevistados consideram o desempenho dos congressistas ótimo ou bom, 39% acham que é apenas regular, e outros 39% dizem que a performance dos parlamentares brasileiros é ruim ou péssima.
Nesta pesquisa, foram ouvidas 2.623 pessoas acima de 16 anos nas cinco regiões geográficas do país, entre os dias 24 e 25 de fevereiro. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os pesquisados que manifestaram preferência pelo PSDB, partido que faz oposição ao governo federal e cujo pré-candidato, José Serra, lidera a corrida presidencial, foram os mais duros na avaliação do Congresso: só 7% o consideraram ótimo ou bom, enquanto 56% disseram que é ruim ou péssimo.
Os que preferem o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (e da ministra Dilma Roussef, candidata da sigla à Presidência), foram mais condescendentes: 17% consideram o Congresso ótimo ou bom, e 35%, ruim ou péssimo.
A melhor avaliação do Congresso, porém, partiu dos pesquisados que têm maior simpatia pelo PMDB, justamente o partido dos presidentes tanto da Câmara, Michel Temer (SP), quanto do Senado, José Sarney (AP), e que tem forte presença quantitativa no parlamento.
Entre eles, 20% consideram o desempenho dos parlamentares federais como ótimo ou bom, e 37%, ruim ou péssimo.
Na rodada anterior, feita entre 14 e 18 de dezembro do ano passado, o resultado foi bastante semelhante: 15% de ótimo e bom, 39% de regular e 40% de ruim e péssimo. Também naquela pesquisa a margem de erro era de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Apesar da estabilidade no cômputo geral do levantamento, a reprovação dos congressistas aumentou de 47% para 51% entre os mais escolarizados e foi de 48% para 55% entre os que declaram renda familiar de cinco a dez salários mínimos.
Dos entrevistados que ganham acima desse valor, mais da metade (53%) considera o trabalho do Congresso ruim ou péssimo.
Os números que estão sendo publicados hoje mostram uma cristalização da avaliação geral do Congresso, que mantém suas taxas nos dois extremos, com poucas oscilações, desde março de 2007, data da primeira sondagem do tipo realizada pelo Datafolha.
A variação de ótimo e bom ficou entre 13% a 19% no período, enquanto a de ruim e péssimo sofreu uma oscilação, em três anos, entre 30% e 45%.


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