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São Paulo, terça-feira, 01 de abril de 2003

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MÍDIA

Atividade integra Cátedra Octavio Frias

Conferência discute quadro atual da MPB

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma reflexão sobre a situação atual da música popular brasileira e o modo como ela é encarada pela crítica hoje foram os motes da palestra que abriu, na noite de ontem, as atividades do segundo ano da Cátedra Octavio Frias de Oliveira, criada pelo Centro Universitário Alcântara Machado (UniFiam-Faam) em homenagem ao publisher da Folha.
Em uma palestra de duas horas e meia, assistida por uma centena de alunos, o professor de literatura da PUC-SP e crítico de música da Folha Arthur Nestrovski desenhou uma visão otimista sobre a MPB contemporânea.
Se por um lado a canção brasileira não teria hoje um grupo de quatro ou cinco músicos como medula, como há 30 anos, por outro viveria uma fase de grande diversificação, fruto de uma relação mais madura com o nosso repertório, que começaria a ganhar um estatuto canônico.
"Hoje se escuta uma música popular brasileira mais rica e mais diversa do que nunca", disse o também organizador do livro "Folha Explica a Música Popular Brasileira Hoje", da editora Publifolha.
Para ilustrar a riqueza da relação dos músicos contemporâneos com a tradição da MPB, a "renovação sem ruptura" pela qual o país estaria passando, Nestrovski mostrou gravações que o pianista André Mehmari e a cantora Monica Salmaso fizeram de temas como "Camisa Amarela", de Ary Barroso, e "Insensatez", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Um segundo movimento da palestra foi a defesa da importância do fortalecimento do espaço crítico para a música brasileira.
"Não necessitamos que a nossa MPB seja apenas avaliada, mas que seja compreendida dentro do universo de elementos que ela põe em jogo", afirmou.


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