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MÍDIA
Atividade integra Cátedra Octavio Frias
Conferência discute quadro atual da MPB
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma reflexão sobre a situação
atual da música popular brasileira
e o modo como ela é encarada pela crítica hoje foram os motes da
palestra que abriu, na noite de ontem, as atividades do segundo
ano da Cátedra Octavio Frias de
Oliveira, criada pelo Centro Universitário Alcântara Machado
(UniFiam-Faam) em homenagem ao publisher da Folha.
Em uma palestra de duas horas
e meia, assistida por uma centena
de alunos, o professor de literatura da PUC-SP e crítico de música
da Folha Arthur Nestrovski desenhou uma visão otimista sobre a
MPB contemporânea.
Se por um lado a canção brasileira não teria hoje um grupo de
quatro ou cinco músicos como
medula, como há 30 anos, por outro viveria uma fase de grande diversificação, fruto de uma relação
mais madura com o nosso repertório, que começaria a ganhar um
estatuto canônico.
"Hoje se escuta uma música popular brasileira mais rica e mais
diversa do que nunca", disse o
também organizador do livro
"Folha Explica a Música Popular
Brasileira Hoje", da editora Publifolha.
Para ilustrar a riqueza da relação dos músicos contemporâneos
com a tradição da MPB, a "renovação sem ruptura" pela qual o
país estaria passando, Nestrovski
mostrou gravações que o pianista
André Mehmari e a cantora Monica Salmaso fizeram de temas
como "Camisa Amarela", de Ary
Barroso, e "Insensatez", de Tom
Jobim e Vinicius de Moraes.
Um segundo movimento da palestra foi a defesa da importância
do fortalecimento do espaço crítico para a música brasileira.
"Não necessitamos que a nossa
MPB seja apenas avaliada, mas
que seja compreendida dentro do
universo de elementos que ela
põe em jogo", afirmou.
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