São Paulo, quarta-feira, 01 de abril de 2009 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br No centro do palco
Na manchete on-line da "Economist", "China toma o centro do palco". Em outras palavras, "Dirigentes chineses assumem tom cada vez mais autoconfiante diante do resto do mundo". O presidente do banco central chinês, exemplifica a revista, fala abertamente agora do "sistema superior", a ditadura, que permite "decisões vitais, medidas efetivas". O palco escolhido para a estréia com protagonista é o G20. Em enunciado ontem também no "Wall Street Journal", "China busca mais envolvimento e mais poder". Em detalhe, "Nações desenvolvidas assistem desconfiadas enquanto Pequim, com vastas reservas em moeda estrangeira, aumenta seu papel". YUAN VS. DÓLAR "Imprensa argentina saúda o acordo entre Argentina e China." Foi o enunciado da agência estatal Xinhua, feliz pela recepção ao "acordo histórico", segundo "La Nación", que vai permitir o acesso a 70 bilhões de yuans, US$ 10,2 bilhões, "para acalmar o dólar", segundo o "Clarín". O "WSJ" noticiou a linha de crédito destacando que, "quando se trata de levar o mundo a parar de pensar só em dólar, Pequim está buscando fazer mais do que falar". O "Financial Times" abriu sua reportagem registrando como "a China vem pressionando pelo fim do domínio do dólar como reserva mundial". E a "Forbes" sublinhou que Pequim está "agenciando" o yuan a outros emergentes, como a Indonésia, e registrou que o Brasil, ao contrário da Argentina, fechou acordo antes com o Fed. EM TUPI A Bloomberg despachou a longa reportagem "Tupi sob risco, com declínio do preço, ameaça plano de energia de Lula". Conta a história desde "uma manhã de domingo de 2006", quando a informação chegou à Petrobras, passando por alta e queda do petróleo, até a promessa de manter o investimento e a entrada em cena do dinheiro da China. NA AUSTRÁLIA Já o "New York Times" destacou ontem a reportagem "Novo avanço para a China nos acordos sobre minérios australianos". Pequim estaria "perto de conseguir parte maior dos vastos recursos", com investimentos em duas mineradoras australianas, além de proposta anterior a uma terceira. O jornal fala em "sinais de protecionismo". O FIM
OBAMA SOZINHO O "Washington Post", que repercute regularmente o Departamento de Estado, deu ontem que, "no encontro de líder mundiais, o grande vencedor será o mundo em desenvolvimento, com EUA, Europa e Japão oferecendo a China, Índia, Brasil e outros emergentes influência sem precedentes nas decisões financeiras globais". A reportagem ressalta, uma vez mais, os "banqueiros de olhos azuis" de Lula, para falar da presença crescente dos emergentes em órgãos como o conselho financeiro global, antes um "clube de ricos", e no próprio FMI. Já o inglês "Financial Times" diz que Barack Obama chega a Londres para uma "batalha solitária" no G20. Popular como poucos, deve "trombar com as realidades do poder reduzido dos Estados Unidos" e só alcançar as "mudanças que quer através de persuasão". JORNAIS E JORNAIS O "NYT" noticiou e o blog Gawker fez piada com o fim da circulação diária dos principais jornais de Detroit, "Free Press" e "News". Eles deixaram de sair às segundas, terças, quartas e sábados. E foi exatamente na segunda em que a Casa Branca derrubou o presidente da GM e levou a Chrysler a buscar fusão com a Fiat. Detroit é sede de ambas e da Ford, também com problemas. Na mesma direção, "NYT", "WSJ" e outros noticiaram que o grupo que publica o tabloide "Chicago Sun-Times" entrou ontem com pedido de falência. Mais um. Por outro lado, o "NYT" deu reportagem mostrando que grupos europeus vêm crescendo em meio à crise caso do alemão Springer, que edita "Die Welt" e "Bild" e anunciou o maior lucro de seus 62 anos. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Foco: Militares homenageiam vítimas da guerrilha de esquerda na ditadura Próximo Texto: Elio Gaspari: O muro do Cabral e o bilhete da Marta Índice |
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