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Na despedida, Aécio defende "entendimento"
Antonio Anastasia, novo governador, é professor e tem 25 anos de carreira no funcionalismo estadual
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Em uma solenidade com a
presença de músicos e artistas,
o governador de Minas, Aécio
Neves (PSDB), 50, deixou ontem o cargo e passou o Grande
Colar da Inconfidência para o
vice Antonio Augusto Junho
Anastasia (PSDB), 48, agora o
novo governador.
Aécio, que renunciou para
disputar o Senado, discursou
no Palácio da Liberdade e defendeu o "entendimento", a
ação política mais "generosa" e
a superação do "enfrentamento
pelo enfrentamento".
"A política não pode ser a casa mesquinha que transforma
adversário em inimigo. Não pode ser a casa da intransigência,
da autossuficiência e da arrogância", disse Aécio.
Ele sai após sete anos e três
meses à frente do governo mineiro, período em que pregou
muitas vezes que PSDB e PT
deveriam dialogar mais.
Carreira
Anastasia assume o posto
maior do Executivo mineiro
após exercer durante 25 anos a
carreira de servidor público no
Estado e lecionar direito administrativo na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Durante todo a gestão Aécio,
ele foi o principal planejador e
executor administrativo.
Anastasia é também o virtual
candidato do PSDB ao governo
mineiro nas eleições de outubro. E por ocupar agora o posto
político mais importante do
Estado, mesmo como debutante, terá também a missão de
alavancar a candidatura presidencial do tucano José Serra no
Estado e a sua própria.
O 1º ato de Anastasia já como
governador foi assinar a lei que
reajusta o salário de aproximadamente 900 mil servidores
públicos, decidido por Aécio
nove dias antes de deixar o cargo e aprovado pelo Legislativo.
Ele é originário da Fundação
João Pinheiro, instituição de
ensino e pesquisa vinculada à
Secretaria de Planejamento e
Gestão. No governo federal, foi
secretário-executivo dos Ministérios da Justiça e Trabalho
durante as gestões de FHC.
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