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Alckmin amplia vantagem na corrida pelo governo de SP
Ex-governador obtém de 47% a 50% dos votos; sem tucano, Marta se isola na liderança
e o atual secretário de Serra subiu de 28 para 32 pontos; no interior, tucano atinge
53%, contra 10% de petista
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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GESTÃO TUCANA
O secretário Geraldo Alckmin e José Serra visitam obras em São Paulo; o governador foi avaliado como ótimo ou bom por 56% dos entrevistados
pelo Datafolha
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Quatro meses após ter assumido um cargo de primeiro escalão no governo de José Serra
(PSDB) em São Paulo, Geraldo Alckmin ampliou ainda mais sua dianteira na corrida pelo
Palácio dos Bandeirantes.
O ex-governador tucano obtém de 47% a 50% das intenções de voto, revela pesquisa
Datafolha realizada entre os dias 26 e 28 de maio. O melhor segundo colocado nos cenários
em que Alckmin é apresentado ao eleitor, a ex-prefeita Marta Suplicy (PT),chega a15%.
Sem Alckmin na disputa, Marta Suplicy se isola na liderança e alcança 25%, seguida
por Paulo Maluf (PP), com 15%. Em março deste ano, quando o Datafolha realizou o primeiro levantamento para a sucessão ao governo do Estado, o atual secretário de Desenvolvimento de Serra variava de 41% a 46% das intenções de voto, e a petista
atingia 13% no principal cenário (os dois apresentados ao eleitor) -portanto, a diferença
entre eles era de 28 pontos percentuais e agora está em 32.
Também no levantamento anterior, Marta tinha 19% sem Alckmin na disputa e estava
empatada tecnicamente com Paulo Maluf, então com 17%. A mais recente pesquisa, que
tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos (intervalo de
confiança de 95%), apresentou seis cenários ao eleitor. Nenhum deles tem o governador
José Serra, líder na corrida pela sucessão do presidente Lula. No cenário sem Alckmin e
com Marta, o secretário da Casa Civil de Serra, Aloysio Nunes Ferreira, aparece como candidato do PSDB e atinge 2%.
Os outros nomes petistas foram o do ministro da Educação, Fernando Haddad, o do deputado federal Antonio Palocci e o do prefeito de Osasco, Emídio de Souza. O primeiro tem 1% das intenções, e o segundo, 7% no seu melhor desempenho. Emídio não pontuou.
Nenhum dos adversários de Alckmin atinge sequer a metade suas intenções de voto, o que
indica que ele teria grandes chances de vencer no primeiro turno se a eleição fosse hoje.
São nos cenários sem Marta que Alckmin atinge, respectivamente, 48% e 50% das preferências dos eleitores. A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem estratificada por sexo e idade com sorteio aleatório dos entrevistados -acima de 16 anos.
Foram realizadas 2.058 entrevistas em 56 municípios. Desde que assumiu a secretaria
de Estado do Desenvolvimento em janeiro, após não ter chegado nem sequer ao segundo
turno da eleição para prefeito de São Paulo em 2008, Alckmin tem concentrado sua agenda
de viagens e inaugurações no interior do Estado, onde ganhou sete pontos percentuais
com Marta na disputa e chegou a 53% das intenções de voto.
Em março, o ex-governador tinha 46% no interior no cenário com a petista, e 34% na capital, onde alcançou agora 38%.
Marta permaneceu com 10% no interior e oscilou dois para cima na cidade de São Paulo,
chegando a 22%. No principal cenário da pesquisa, Maluf tem 9% na terceira posição, seguido por Luiza Erundina (PSB), com 6%, por Soninha (PPS), com 5% e Paulinho (PDT) e Campos Machado (PTB), ambos com 2% cada. Ivan Valente (PSOL) e o presidente
da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (sem partido),
aparecem com 1% cada um.
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