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Alencar sugere que pode deixar a Defesa na reforma ministerial
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O vice-presidente da República,
José Alencar, sugeriu ontem que
pode deixar o comando do Ministério da Defesa na reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva ensaia anunciar nos
próximos dias.
Alencar disse que, nos últimos
dias, tem lembrado o presidente
Lula que assumiu a pasta, no ano
passado, com a expectativa de
acumular a função apenas por
uma semana.
"Ele [presidente Lula] sabe, e eu
de vez em quando repito, que eu,
quando ele me pediu para assumir o ministério, pensei que até
fosse por alguns dias, sinceramente. Porque eu estou acumulando a Vice-Presidência com o
ministério. E a demanda é muito
grande", afirmou Alencar.
Apesar disso, Alencar disse que
tem cumprido suas obrigações à
frente da pasta e da Vice-Presidência e que, caso necessário, permanecerá na pasta por mais um
período. "Isso [a expectativa de ficar alguns dias na pasta] não significa que eu não esteja cumprindo com o meu dever. E cumprirei
até enquanto for a vontade do
presidente", declarou.
A seguir, relatou como tem sido
suas últimas conversas com o presidente acerca de reforma ministerial. "Isso [desejo de deixar a
Defesa] ele [presidente] sabe porque eu falo vários vezes: "Presidente, na reforma ministerial,
lembre que eu fui pra lá [Ministério da Defesa] e eu pensei que fosse por uma semana"."
Questionado sobre a reação do
presidente, Alencar disse: "Ele
acha graça". Já sobre sua eventual
candidatura em Minas Gerais nas
eleições de 2006, o vice-presidente
negou, em inglês: "Eu não, i'm
not".
Reajuste dos militares
Ontem, após participar de cerimônia de posse de Antônio Fernando de Souza no comando da
Procuradoria Geral da República,
Alencar também anunciou que,
na semana que vem, deve ser
anunciado um novo reajuste salarial aos militares.
"Nós estamos trabalhando nisso e estamos naturalmente dentro
do quadro de escassez [de verbas]
que é conhecido. E eu acredito
que na próxima semana já tenhamos uma definição", disse o ministro. Segundo ele, ainda não
houve uma definição no formato
e no percentual de reajuste às Forças Armadas.
(EDS E JD)
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