São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

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Alencar sugere que pode deixar a Defesa na reforma ministerial

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O vice-presidente da República, José Alencar, sugeriu ontem que pode deixar o comando do Ministério da Defesa na reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaia anunciar nos próximos dias.
Alencar disse que, nos últimos dias, tem lembrado o presidente Lula que assumiu a pasta, no ano passado, com a expectativa de acumular a função apenas por uma semana.
"Ele [presidente Lula] sabe, e eu de vez em quando repito, que eu, quando ele me pediu para assumir o ministério, pensei que até fosse por alguns dias, sinceramente. Porque eu estou acumulando a Vice-Presidência com o ministério. E a demanda é muito grande", afirmou Alencar.
Apesar disso, Alencar disse que tem cumprido suas obrigações à frente da pasta e da Vice-Presidência e que, caso necessário, permanecerá na pasta por mais um período. "Isso [a expectativa de ficar alguns dias na pasta] não significa que eu não esteja cumprindo com o meu dever. E cumprirei até enquanto for a vontade do presidente", declarou.
A seguir, relatou como tem sido suas últimas conversas com o presidente acerca de reforma ministerial. "Isso [desejo de deixar a Defesa] ele [presidente] sabe porque eu falo vários vezes: "Presidente, na reforma ministerial, lembre que eu fui pra lá [Ministério da Defesa] e eu pensei que fosse por uma semana"."
Questionado sobre a reação do presidente, Alencar disse: "Ele acha graça". Já sobre sua eventual candidatura em Minas Gerais nas eleições de 2006, o vice-presidente negou, em inglês: "Eu não, i'm not".

Reajuste dos militares
Ontem, após participar de cerimônia de posse de Antônio Fernando de Souza no comando da Procuradoria Geral da República, Alencar também anunciou que, na semana que vem, deve ser anunciado um novo reajuste salarial aos militares.
"Nós estamos trabalhando nisso e estamos naturalmente dentro do quadro de escassez [de verbas] que é conhecido. E eu acredito que na próxima semana já tenhamos uma definição", disse o ministro. Segundo ele, ainda não houve uma definição no formato e no percentual de reajuste às Forças Armadas. (EDS E JD)


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