|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
PT prevê disputa acirrada com Alckmin e 2º turno
Tarso Genro diz que pesquisa Datafolha ajuda a combater "salto alto" na campanha
Candidato tucano diz ter ficado surpreso com seu desempenho nas pesquisas; Lula avalia que mês de junho foi da oposição
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PARINTINS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao comentar o resultado da
última pesquisa Datafolha, que
apontou crescimento do candidato Geraldo Alckmin (PSDB),
o presidente do PT, Ricardo
Berzoini, disse ontem que é
uma "avaliação arrogante" trabalhar com a certeza de vitória
de Luiz Inácio Lula da Silva no
primeiro turno.
Levantamento do Datafolha
publicado ontem mostrou crescimento de Alckmin de 22%
para 29% entre os finais de
maio e junho. Nesse período,
Lula oscilou de 45% para 46%.
Pesquisa do Vox Populi, feita
antes da do Datafolha, mas divulgada somente ontem, também mostrou queda da distância entre os dois candidatos
(leia texto nesta página).
Apesar de citar a hipótese de
segundo turno, Berzoini afirmou que a pesquisa Datafolha
não causou preocupação entre
os petistas. "Assim como nós
não nos entusiasmamos com as
pesquisas anteriores, não nos
assustamos com a atual", disse.
Jilmar Tatto, que participa
da coordenação da campanha
petista, foi mais direto. "O mote
é o seguinte: a eleição não está
ganha, vai ser difícil, vai ter primeiro e segundo turno e nós
precisamos mobilizar a militância e a base social do PT."
Tatto afirmou ainda que o ex-presidente da CUT João Felício
foi escolhido como coordenador dos movimentos sociais na
campanha.
Surpresa
Alckmin, que ontem esteve
no festival folclórico de Parintins (AM), disse ter ficado surpreso com seu desempenho nas
pesquisas.
"Recebi, hoje cedo, os resultados das últimas pesquisas de
opinião pública com muita humildade e surpresa, pois esperava chegar à véspera do horário eleitoral gratuito na faixa
dos 20%, o que já é um percentual expressivo para quem é
candidato à Presidência pela
primeira vez e pouco conhecido na maioria dos Estados brasileiros", disse Alckmin, em nota divulgada por sua assessoria
de imprensa.
Já o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, segundo a Folha
apurou, disse a assessores que
junho foi o mês da oposição -o
período foi marcado por críticas ao governo petista em programas de TV do PSDB, do PFL
e do PPS. Este último partido
apóia Alckmin informalmente.
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse
que a pesquisa Datafolha foi
"boa" para a campanha de Lula,
pois "coloca a realidade da disputa". "Salto alto faz muito mal
em eleição", afirmou. "É uma
pesquisa que foi feita depois de
um bombardeio dos programas
do PFL e do PSDB, das inserções na televisão", ponderou.
Alckmin também se referiu
ao "salto alto" da campanha adversária: "Enquanto nossos adversários caminham com salto
15, continuaremos usando as
sandálias da humildade".
Texto Anterior: Medidas de Lula são "oportunistas", diz Heloísa Helena Próximo Texto: Lula tem 45% e Alckmin, 32%, diz Vox Populi Índice
|