São Paulo, quarta, 1 de julho de 1998

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REPERCUSSÃO

Edmundo Klotz, presidente Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentação) - "O Plano Real cumpriu uma grande missão, que foi a estabilização da inflação a índices muito baixos. Não acho que a estabilização econômica esteja completa, mas tivemos importantes avanços, especialmente a estabilidade da moeda e o aumento do poder aquisitivo das classes menos favorecidas. Se a estabilidade econômica ainda está por ser alcançada não é culpa do Plano Real em si, mas da não-aprovação de uma reforma do Estado. Sem uma redefinição do tamanho do Estado, não há como redimensionar os seus custos. O Estado continua tendo gastos muito elevados e precisa financiá-los por meio dos dois pilares do Plano Real que são os juros e o câmbio. Por isso há um prejuízo, com o aumento da dívidas externa e interna e um grande ônus para o setor produtivo, que passa por um processo de desnacionalização por não conseguir suportar as altas taxas de juros".

Sergio Haberfeld, presidente da Abre (Associação Brasileira de Embalagens) - "O Plano Real foi a melhor coisa que aconteceu para este país. Infelizmente, não completaram o Plano Real com a reforma fiscal, a reforma tributária e a conclusão do processo de privatização. No futuro, o governo terá de fazer as reformas. Não há outra solução. Não tenho dúvida de que o presidente Fernando Henrique Cardoso vai ganhar a eleição. Vamos ver se o seu governo vai ter pulso para fazer as reformas. O problema é que o Fernando Henrique não é um homem de muito pulso. A questão do déficit público só vai ser resolvida com a aprovação das reformas e a conclusão do processo de privatização. Sem as reformas, nós explodimos tudo".



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